0 TAL ESPÍRITO CRISTÃO
Há pelo menos 1700 anos se mata e se morre pelo na verdade, desconhecido espírito cristão, sempre invocado nas festas de fim de ano, conhecidas como natal e ano novo.
No ano 70 desta era em que estamos vivos, portanto há 1952 anos, o Império Romano, precursor do catolicismo, destruiu o Templo de Salomão que havia sido restaurado pelo rei Herodes o Grande. 63 anos se passaram e Bar Kochbá, o Filho da Estrela, guerrilheiro judeu, destruiu as forças armadas romanas e mandou as sobras, de volta à Roma.
Três anos após, voltaram os romanos às regiões de Judá e Israel, com um exército multiplicado por 10z, massacraram a guerrilha hebreia, despacharam o Filho da Estrela para o céu e para não perderem a viagem, aniquilaram 500 mil judeus, entre velhos, crianças, homens e mulheres.
Passaram a chamar Yerushalaim de Aélia Capitolina e só de sacanagem, foram buscar num tempo de mais de 1500 anos passados, um nome que fazia menção a uma gente que já havia sumido do mapa, os filisteus.
Palestina foi o nome com o qual os ditadores e generais romanos batizaram a terra de Judá e Israel.
Veio com o tempo, o imperador Constantino e a mamãe dele, Helena. Estamos falando do ano 326, quando este César inventou uma nova moda: a cruz na qual ele mandava matar espetados, milhões de recalcitrantes, como num piscar de olhos, foi transformada em amuleto de sorte e de fé.
Helena, a mamãezinha do dono da bola, se dirigiu à Palestina romana e lá, apregoou a velhota, encontrou fragmentos da cruz que havia crucificado Yoshua, o bom judeu que não se submetera aos fortões romanos de então.
E, de repente, tem início o domínio do espírito cristão.
Judeus escravizados, enxovalhados, agredidos, humilhados, dispersos, sem pátria, sem terras, sem profissão, nos guetos, fora dos muros das cidades, vitimados por ataques de todas as naturezas, estuprados, roubados, convertidos à força, expulsos daqui e dali, tudo isso baixo a bota do espírito cristão.
Não satisfeitos em nos aniquilar pela crença em Yoshua Ben Yossef, transformado em Deus que jamais foi ou quis ser, passaram a nos pendurar nos postes e nos malhar, representados por bonecos de pano. Espírito cristão.
O tempo foi passando, aparece Martinho Lutero, o reformista da cristandade e passa a queimar livros hebraicos e sinagogas com judeus dentro. Espírito cristão.
O tempo não para e, sem direitos civis, sem poderem estudar onde desejassem, sem pátria e chutados de um canto a outro, passam a sofrer investidas violentíssimas, conhecidas como pogroms, nas vilas onde foram habitar no Leste Europeu. Espírito cristão.
Em seguida, túmulos violados, lojas quebradas, livros jogados no fogo, vidas inviabilizadas, morte de fome nas ruas, confinamentos seletivos, campos de concentração, câmaras de gás, fornos crematórios e a melhor das nuances do espírito cristão: Hitler era católico apostólico romano. Aprendeu a matar judeus com as ações de certos papas.
Chegamos ao hoje. E, o que vemos?
Cristãos, no século XXI, declarando que Jesus, o mesmo Yoshua Ben Yossef, era palestino, quando o nome Palestina só foi consagrado à região onde hoje lá está o moderno Israel, 103 anos após a morte do deus criado por Constantino.
Esse tal espírito cristão que deveria representar amor, na verdade, em relação a nós judeus, tem deixado muito a desejar. Que se vire para outros lados e nos deixe em paz!
QUE DEUS NOS PROTEJA DESSE ESPÍRITO QUE NOS TEM FEITO TANTO MAL, HÁ TANTO TEMPO!
Ronaldo Gomlevsky
