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41 anos da Operação “Paz para a Galileia”

A tensão ao longo da fronteira norte de Israel aumentou durante os anos 1970 e início dos anos 1980. Houve disparos frequentes de foguetes e ataques terroristas contra alvos civis israelenses em Israel e no exterior pela executados pela OLP – Organização de Libertação da Palestina, que havia criado um estado informal dentro de um estado no Líbano depois de ter sido forçado a sair da Jordânia em 1970. A OLP era comandada por Yasser Arafat desde 1969.

Em 3 de junho de 1982, um terrorista da organização Abu Nidal atirou e feriu gravemente o embaixador de Israel no Reino Unido, Shlomo Argov.

Em 4 de junho de 1982, a Força Aérea de Israel realizou um bombardeio maciço de alvos da OLP no Sul do Líbano. Os terroristas da organização dispararam centenas de foguetes contra comunidades no norte de Israel e a operação começou.

Em 6 de junho, unidades das Forças de Defesa de Israel (IDF) entraram no Líbano, avançando em quatro eixos principais: a rodovia costeira, o Monte Líbano, o eixo oriental e o Vale do Líbano.

Sempre é preciso lembrar que aquele Líbano não era mais a “Suíça do Oriente Médio”, como conhecido nos anos 1950 e 1960. A Síria ocupou militarmente o Líbano, entre 1976 e 30/abril/2005. É neste período que se inicia quando se iniciam as negociações de paz entre Israel e Egito, que a Síria transporta para o Líbano (exatamente em 1982), o Hezbollah , que era um partido político xiita iraniano, um dos três pilares da Revolução Iraniana (1979) do aiatolá Khomeini. Os outros dois são a Guarda Revolucionária e o Conselho dos Aiatolás (braços político, militar e religioso).

Na tarde de 9 de junho de 1982, aviões atacaram o sistema de mísseis terra-ar sírio, destruindo 17 das 19 baterias instaladas. Durante a mesma operação, 29 dos 100 aviões sírios foram abatidos em combate aéreo. É considerada uma das batalhas aéreas mais importantes após a Segunda Guerra Mundial.

Após dois meses de intensos bombardeios israelenses, foi negociada a retirada da OLP da capital libanesa. No ano seguinte, a organização palestina deixou o país, rumando para a Líbia.

Em 1985, as forças da IDF recuaram para uma zona de segurança no sul do Líbano projetada para proteger cidades e vilarejos israelenses na Galileia. As forças da IDF se retiraram completamente do Líbano em maio de 2000. Após essa retirada, o grupo terrorista Hezbolah passou a dominar a área do sul do Líbano e, após um ataque em solo israelense em 2006, ocorreu a Segunda Guerra do Líbano.

Apesar do Líbano ter sido majoritariamente muçulmano sunita e cristão, o aumento do efetivo do Hezbollah (muçulmano xiita) se deu pela conversão, dentro do Islã de libaneses e palestinos sunitas para o lado xiita da religião. De fato, quando um não muçulmano se torna muçulmano, isto se chama, entre eles de “reversão”, retorno, pois existe a crença corânica de que todos os seres humanos nascem e sempre nasceram muçulmanos, muitos se desviam ao longo da vida e idealmente devem retornar os islã. Quando um muçulmano muda de ramo, xiita, sunita, allawita, dervixe, ahmadia, e outros, isso se denomina conversão.

Foto – Tropas israelenses no Líbano, 1982.Michael Zarfati / IDF Spokesperson’s Unit

Marcia Salomão

Publicitária, com formação em publicidade, propaganda, marketing e relações públicas, Atua nas áreas de produção editorial e assessoria de imprensa.