O Massacre de Babi Yar
Assim que os alemães ocuparam Kiev, várias explosões aconteceram, incluindo o quartel-general alemão. Os alemães usaram essas explosões como pretexto para assassinar os judeus que ainda permaneciam em Kiev.
Em 29-30 de setembro de 1941, as SS e unidades da polícia alemã e seus auxiliares, sob a orientação de membros da Einsatzgruppe C, assassinaram a população judaica que havia permanecido em Kiev. O massacre ocorreu em uma ravina chamada Babi Yar, na época, localizado fora da cidade.
Os Einsatzgruppen – esquadrões da morte compostos por membros das SS – conduziram crianças, mulheres e homens indiscriminadamente para a beira do barranco, onde foram sistematicamente executados, caindo os seus corpos nus numa enorme e anônima vala comum. Ao fim de 36 horas, os alemães executaram ao todo 33.761 pessoas.
Outros tiroteios em massa em Babi Yar
Quase 1,5 milhão de judeus ucranianos foram assassinados entre 1941 e 1944. Quase 80% deles foram mortos a tiros. As execuções continuaram em Babi Yar muito depois de setembro de 1941. Os nazistas mataram quase 100.000 pessoas lá até que as forças soviéticas libertaram Kiev em novembro de 1943 – não apenas judeus, mas também oponentes ucranianos da ocupação, poloneses, roma, doentes mentais e prisioneiros de guerra.
Após a guerra, o Massacre de Babi Yar não foi reconhecido pelo governo soviético e foi considerado apenas um “crime contra o povo soviético”.
Um monumento foi finalmente criado em Babi Yar em 1976 – mas não fez nenhuma referência ao Holocausto, em vez disso homenageando suavemente os “cidadãos de Kiev e prisioneiros de guerra” assassinados lá entre 1941 e 1943.
Em setembro de 1991, depois que a Ucrânia conquistou a independência, a comunidade judaica local conseguiu colocar uma escultura de uma menorá em Babi Yar para homenagear a memória dos judeus massacrados ali.
Atualmente, o governo ucraniano lançou um plano para construir um museu até 2026, com uma maquete que mostra a aparência do local do massacre e arquivos que lembram as vítimas.