França fecha mesquita que pregou contra “cristãos, homossexuais e judeus”
Gerald Darmanin, Ministro do Interior da França, declarou ao canal de TV Cnews que deu início ao processo de fechamento de uma mesquita em Beauvais, uma cidade de 50.000 habitantes acerca de 100 quilômetros ao norte de Paris, por causa de pregações “inaceitáveis”. O ministro francês acusou o imã de “alvejar cristãos, homossexuais e judeus” em seus sermões.
As autoridades da região de Oise, onde Beauvais está localizada, já haviam anunciado que estavam considerando o fechamento da mesquita por causa de sermões que incitaram ao ódio, à violência e “defenderam a jihad”.
Um funcionário da prefeitura de Oise disse à Agencia France-Presse (AFP) que uma carta havia sido enviada na semana passada anunciando o plano, acrescentando que um período de 10 dias de coleta de informações era legalmente exigido antes que qualquer ação pudesse ser tomada.
O jornal local Courrier Picard relatou que o imã da mesquita era um recém-convertido ao islamismo. O jornal citou um advogado da associação que administra a mesquita dizendo que suas declarações foram “tiradas do contexto” e que o imã foi suspenso de suas funções após a carta da prefeitura. No total, 21 mesquitas foram encontradas com as portas fechadas por vários motivos e outras seis estão sob investigação. Tudo com base nas leis francesas contra o extremismo e o separatismo islâmico.
A França iniciou uma grande repressão contra a minoria muçulmana há mais de um ano. Fechando escolas, organizações muçulmanas e mesquitas. As autoridades francesas têm criticado líderes globais, grupos de direitos humanos e ativistas, que consideram a ação um sério ataque aos direitos e liberdades na França.
Darmanin anunciou no início deste ano que a França intensificaria os controles contra locais de culto e associações suspeitas de espalhar propaganda radical. No entanto, os críticos dizem que as autoridades francesas usam o conceito vago e mal definido de “radicalização” ou “islamismo radical ” para justificar a imposição de medidas sem fundamento válido, o que pode levar à discriminação em sua aplicação contra muçulmanos e outros grupos minoritários.