Carnaval sem samba
Não sou doente do pé nem ruim da cabeça, mas não suporto o comportamento das pessoas em qualquer festividade popular com ajuntamento, aglomeração, drogas desde maconha, passando por cerveja e álcool em geral, cocaína em particular e uma das drogas mais pesadas que existe, exatamente aquela que atende pelo nome do desrespeito ao espaço do outro.
O tempo de carnaval é facilmente reconhecível pelo fedor de mijo e fezes nas ruas, pela imundície que as pessoas provocam, comendo, bebendo e jogando restos e lixo nas ruas, pela depredação ocasionada pelos tais blocos que parece terem uma fixação anal pela praia de Copacabana e ainda pior, pelos camelôs de comidas e bebidas que vem chegando de todos os cafundós do Judas que existem no Rio, para encher a paciência de quem vem e vai com as águas geladinhas a um real, sorvete, coco fresquinho, milho cozido, churros, pipoca e toda a sorte de coisa de lotar a pança, que só Deus sabe a higiene com a qual são confeccionados estes tira gostos.
Como se não bastasse essa porcariada acima, barangas e caídos, chegam aos borbotões à orla em dias e horários da saída à rua dos blocos, em busca de línguas que possam sorver com sofreguidão, ou se estiverem com pouca sorte, até criar e pegar barriga também pode fazer parte do cardápio.
Enfim, Carnaval muito obrigado. Não gosto e não quero de jeito nenhum.
Esqueci de mencionar as mais bregas invenções de indumentárias que aparecem e desaparecem das esquinas como verdadeiros fantasmas de bunda e dorso nus.
É de verdade, tudo isso, muito ruim.
Ao menos essa pandemia canalha serviu para alguma coisa!!!
Quero deixar um alento aos que como eu, não suportam carnaval: o Rio de Janeiro e o Brasil faturam no carnaval com o turismo. Esse é o único motivo pelo qual aturo o Carnaval. O Brasil precisa e o Rio, nem se fala!
Ronaldo Gomlevsky
Ronaldo Gomlevsky – Editor Geral
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