Primeiro caso de poliomielite desde 1989 é detectado em Israel
Um caso de poliomielite foi detectado na cidade de Jerusalém, Israel, em um menino de quatro anos, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde de Israel neste domingo, detalhando ainda que ele não foi vacinado contra a doença.
O Ministério da Saúde abriu uma investigação epidemiológica e está em contato com a criança e sua família, dando orientações.
A criança pode ter sido infectada com uma cepa que sofreu mutação, possivelmente causando a doença.
O último caso registrado de pólio no país data de 1989. Entre 1950 e 1954, 4.700 israelenses adoeceram com pólio e 760 morreram da doença, informou o Canal 12 de Israel.
Traços do vírus foram encontrados em amostras de esgoto na área, no entanto, eles também foram encontrados no passado sem infecções relatadas.
Nesse quadro, o Ministério da Saúde destacou a importância da vacinação de rotina.
A poliomielite é altamente infecciosa, invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total. Não há cura, mas pode ser prevenida com a vacina.
No mês de fevereiro, após mais de cinco anos sem casos de poliomielite na África, autoridades de sanitárias do Malawi declararam surto do poliovírus tipo 1.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus que reside no intestino, sendo a principal causa de paralisia infantil. No Brasil a doença foi considerada erradicada em 1994, graças às campanhas vacinais.
Com cobertura vacinal em baixa desde 2016, e índices de procura ainda menores em decorrência da pandemia, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) faz alerta para que as pessoas completem o cronograma vacinal das crianças, evitando que esta doença retorne a ser um problema no país. Também faz recomendações para que se fortaleça o sistema de vigilância, para que casos suspeitos possam ser rapidamente identificados.
Somente com o aumento da imunização das crianças, a pólio não será um problema para o Brasil.