Resgate de Entebe: uma das mais bem-sucedidas libertações de reféns
Em 27 de junho, o voo 139 da Air France partiu do Aeroporto Ben Gurion, fez escala em Atenas e decolou para seu destino final em Paris, com 248 passageiros a bordo. Por volta das 12h35, quatro terroristas – dois alemães, das Células Revolucionárias da Alemanha Ocidental e dois palestinos, membros da Frente Popular de Libertação da Palestina – sequestraram o avião.
O voo foi desviado para o aeroporto de Entebe. Uma vez em Uganda, os sequestradores exigiram a libertação de militantes palestinos presos em Israel e em outros lugares.
Os sequestradores ameaçaram matar os reféns se suas exigências de libertação de prisioneiros não fossem atendidas. Essa ameaça levou ao planejamento da operação de resgate. Esses planos incluíam a preparação para a resistência armada das tropas militares de Uganda.
Por volta das 11:00 da noite de 3 de julho de 1976, seis aviões transportando 100 comandos e equipamentos médicos se aproximaram de Entebbe, Uganda.
A operação, que levou uma semana de planejamento, durou 90 minutos. 102 reféns foram resgatados. Cinco comandos israelenses ficaram feridos e um, o comandante da unidade, tenente-coronel Yonatan Netanyahu (irmão de Benjamin Netanyahu), foi morto. Todos os sequestradores, três reféns e 45 soldados ugandenses foram mortos, e trinta MiG-17 e MiG-21 da Força Aérea de Uganda foram destruídos.
As forças especiais israelenses tinham acabado de realizar uma das missões de resgate mais espetaculares da história.
A operação em Entebbe inspirou vários filmes e livros. Cinco filmes sobre o ataque foram realizados, mais recentemente, 7 dias em Entebbe, de 2018 , dirigido pelo brasileiro José Padilha. Película revisionista que glorifica o terrorismo humanista palestino com o discurso de “ódio do bem”.
E nos EUA, em meio a toda a celebração do Bicentenário, o então presidente dos EUA, Gerald Ford, divulgou uma declaração sobre o ataque. “Nosso próprio Dia da Independência do Bicentenário foi aprimorado por um evento no Aeroporto de Entebe, em Uganda. Essa ação de libertação libertou nossos próprios corações para uma compreensão mais completa do significado universal da independência – e a ação corajosa às vezes necessária para preservá-la”.
Imagem: Os passageiros resgatados do sequestro do avião da Air France chegam a Israel. Foto de Moshe Milner. Government Press Office (Israel), CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
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