Segundo Estado australiano proíbe exibição de suástica
Um segundo estado australiano proibiu a exibição pública de símbolos nazistas.
Nova Gales do Sul, o estado mais populoso do país, seguiu Victoria, o segundo mais populoso, que proibiu a exibição pública de suásticas nazistas em junho.
A lei foi aprovada com o apoio unânime da câmara alta do parlamento estadual. A pena é de 12 meses de prisão ou uma multa de 11.000 dólares australianos (US$ 7.668) para indivíduos, enquanto as empresas serão multadas em 55.000 dólares australianos (US$ 38.343).
Os estados de Queensland e Tasmânia têm previsão para leis semelhantes que se forem aprovadas nesses dois estados fará a exibição de símbolos nazistas ser proibida em metade dos oito estados do país.
O procurador-geral de Nova Gales do Sul, Mark Speakman, discursou no ao Parlamento dizendo que a suástica nazista prejudicou e afligiu membros da comunidade, incluindo os da fé judaica. Em 2020, a polícia de Nova Gales do Sul recebeu 31 relatos da exibição de bandeiras nazistas, incluindo uma de uma casa perto de uma sinagoga de Sydney.
O executivo-chefe do Conselho Judaico de Deputados de Nova Gales do Sul, Darren Bark, descreveu a aprovação da lei como um dia histórico para o estado.
“Os símbolos nazistas são uma porta de entrada para a violência e são usados como ferramenta de recrutamento por extremistas”, disse Bark.
“Proibir sua exibição é uma lei muito necessária em nosso estado. Os ofensores serão finalmente responsabilizados”, acrescentou.
O Ministro do Multiculturalismo de NSW, Mark Coure, confirmou que a legislação, no entanto, não inibirá as liberdades artísticas, acadêmicas ou educacionais e não impedirá o uso do símbolo por motivos religiosos ou espirituais.
“Esta lei também serve a outro propósito importante – proteger aqueles que usam uma suástica por motivos religiosos e espirituais, incluindo budistas, hindus e jainistas”, disse Coure.
“Por muito tempo, a comunidade hindu não se sentiu à vontade para exibir nosso símbolo de paz porque parecia um símbolo do mal. Isso não é mais”, disse o vice-presidente nacional do Conselho Hindu da Austrália, Surinder Jain.