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IDF passar a operar novo drone de longo alcance

As especificações estão trancadas a sete chaves e a entrega das aeronaves na base de Hatzerim aconteceu sem a divulgação de fotos, no que está certo o comando militar israelense.

A nova aeronave da Rafael recebeu o codinome “Spark” (Faísca) que pode causar uma certa confusão com um drone de filmagem da DJI de mesmo nome, aliás um dos mais bem sucedidos.

De fato, pouco interessa o que a nota oficial do IDF “não diz” a respeito do Spark. Nenhuma característica foi revelada exceto que ele pode cumprir missões de acompanhamento de tropas, de reconhecimento, de vigilância e de ataque ao solo, requisitos convencionais para esta categoria de aeronave militar.

As especulações são mais interessantes. Ao longo dos últimos seis meses vinha-se falando no mundo de analistas militares na Internet que já estava na hora de um grande UAV controlado por IA, pelo menos parcialmente, não dando à IA o poder de decisão para o disparo. Por outro lado, sabe-se que os EUA vêm trabalhando com drones e IA, apenas em simuladores, capazes de executar missões completas de bombardeio. O uso de uma IA para levar o UAV da base até a região do alvo, sem necessidade de um piloto remoto humano já seria algo muito interessante.

Espera-se também UAVs militares que possam operar em enxame ou esquadrilha, como se pilotos humanos tivessem, e/ou acompanhando um avião pilotado. Por exemplo, um F-16 com piloto levando com ele dois ou três UAVs para o ataque. É muito provável que o Spark possua algumas destas capacidades, senão todas, pois não faz sentido algum uma aeronave nova que faça o que as aeronaves mais antigas e testadas em combate e operacionalmente, consigam fazer.

A cada dia a humanidade chega mais perto do primeiro país a remover seus pilotos da força área e colocá-los no subsolo operando tudo remotamente. Com a adoção de IA militar isso vai ocorrer em menos tempo do que as pessoas imaginam. Adicionalmente, aeronaves sem pilotos não estarão sujeitas aos limites de força G que o corpo humano suporte, podendo realizar curvas e manobras impossíveis para pilotos humanos.

Opinião de José Roitberg – jornalista e pesquisador

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.