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Israel divulga primeiro relatório de interceptação de mísseis nesta guerra

Hoje, 9/nov/2023 é o dia 34 da guerra ainda pouco conhecida como operação Espadas de Ferro. Desde o primeiro dia não existia divulgação da eficácia do Domo de Ferro. Pelo número de unidades residenciais atingidas em Israel e através dos vídeos publicadas por cidadãos israelenses nas mídias sociais, a impressão que se tinha era a de uma guerra do futuro. E é o que aconteceu. Os pouco impactos se devem, provavelmente, não a falhas do Domo de Ferro, mas do excesso brutal de mísseis disparados pelo Hamas. (obs: os pontos vermelhos no mapa acima não são impactos em Israel, mas as zonas onde os mísseis inimigos foram abatidos).

Nas primeiras quatro horas do dia 7 de outubro de 2023 o Hamas lançou 3.000 mísseis, o mesmo número que o Hezbollah lançou em 34 dias (coincidentemente) da última guerra deles contra Israel (Segunda Guerra do Líbano em 2006), ou da Margem Protetora com 50 dias de combates de 2014. Quem não quiser entender a diferença, é porque não quer mesmo.

O número oficial neste dia 34 é de 9.500 mísseis e foguetes disparados contra a população civil de Israel somado a dezenas de drones (apenas um não foi interceptado). Todo o sistema de defesa antimíssil de Israel foi utilizado em combate: Domo de Ferro de curtíssimo alcance, Funda de Davi (David’s Sling de médio alcance), Patriot (americano com novos radares e software israelense de longo alcance) e Arrow 2 (o mais moderno, de alcance muito longo, realizando a primeira interceptação de um míssil balístico a mais de 50 km de altitude, míssil este disparado pelo Irã a partir da região ocupada pelos Houtis xiitas no Iêmen – cerca de 25% do território do país). O relatório do IDF não cita o uso do Iron Beam, que seria o canhão a laser. Só para contextualizar, os aviões comerciais voam entre 9 km e 11 km de altitude.

Inicialmente o número de mísseis disparados pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza contra cidades israelenses, que falharam e caíram dentro do território do Hamas, estava baixo, cerca de 8%, mas com a pressão exercida pelo IDF o número subiu para 12%. Nenhuma mídia internacional vai ousar publicar que cerca de 1.116 mísseis que o Hamas disparou atingiu seu próprio território e sua própria população. Não foram 10. Foram mais de mil e cem. Toda a destruição e mortes causadas por estas armas para matar judeus que falharam é colocada na conta de Israel, como sempre foi nos conflitos anteriores.

900 dos mísseis disparados pelo Hamas foram a partir de áreas civis, já não mais das ruas, mas de dentro de prédios de mesquitas, escolas, centros culturais e de escoteiros e hospitais. A foto abaixo ilustra dois lançadores já utilizados dentro da sede dos escoteiros na cidade de Gaza.

Estas duas unidades lançadores tem capacidade para 56 mísseis, 28 em cada uma que são disparados em intervalos de 2 segundos. Não há mais mísseis disparados desde buracos cavados no chão. O Hamas desenvolveu também uma indústria de unidades de lançamento. Ao contrário das bombas aéreas e mísseis israelenses com precisão total para atingir seus alvos específicos, o Hamas dispara mísseis “burros” cujo alvo são cidades, onde pegar pegou.

Dos pouco mais de 8.000 mísseis que ultrapassaram a linha de fronteira de Gaza e se dirigiram para as cidades israelenses 2.000 foram abatidos pelo Domo de Ferro. Explicando: o radar e a IA do Domo de Ferro disparam e guiam seus foguetes apenas contra mísseis cuja trajetória prevista é a de atingir uma área israelense com população. Portanto, cerca de 6.000 mísseis do Hamas, não 60, mas seis mil, caíram e explodiram em áreas abertas em Israel e nunca o IDF ou a mídia israelense ou sequer os cidadãos mostram dos impactos para não dar informações de pontaria ao inimigo. Estima-se que a taxa de interceptação do Domo de Ferro tenha sido de 98% o que continua algo único no mundo.

Isso tem um preço. Estas 2.000 interceptações tem um custo estimado de 260 milhões de dólares.

Recado aos boçais da esquerda. Vocês certamente estariam radiantes se estes 2.000 mísseis tivessem matado mais alguns milhares de judeus israelenses e outros cidadãos israelenses não judeus. Vão para pulga de abril!!! Israel protege seus cidadãos enquanto o Hamas usa os cidadãos para morrerem e aumentarem a publicidade que vocês, esquerda utilizam. Você vampirizam o sangue pretendidamente derramado pelo Hamas. Lideres do Hamas já declararam que os túneis não são para proteger a população civil, pois ela deve morrer na superfície. Os líderes do Hamas já disseram que a guerra é e será permanente contra Israel, então peçam a eles para cessarem fogo.

Eu gostaria que alguém da esquerda judaica ou da esquerda brasileira tivesse a coragem de tecer comentários sobre o humanismo de lançar 9.000 foguetes contra a população civil inimiga, e não acertar, não matar os civis inimigos pretendidos. Para a esquerda política disparar mísseis contra judeus não é absolutamente nada! Nunca foi!

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.