Os Diamantes Estão em Nossas Mãos Minuto a Minuto na “Operação Arnon”

(oficial)

No coração do campo de refugiados de Nuseirat, após oito meses e um dia em cativeiro em Gaza, uma das operações mais ousadas desde o início da guerra aconteceu. Noa Argamani, Almog Meir Jan, Shlomi Ziv e Andrei Kozlov, sequestrados no Festival Nova, foram resgatados na “Operação Arnon”, renomeada em memória a um comandante da YAMAM Arnon Zamora (na foto), que foi morto durante a operação. A YAMAN é a unidade antiterrorismo israelense, parte da Polícia de Fronteira.

Veja como a ação se desenrolou, minuto a minuto (horários de Jerusalém).

Quinta-feira, 18h30: Após um planejamento meticuloso, treinamentos, modelos e rastreamento avançado de inteligência que duraram muitas semanas, o escalão político aprova a operação inicialmente chamada de “Sementes de Verão”. A aprovação foi feita em uma discussão sigilosa, sob pesada compartimentalização e aguardando o momento certo.

Sábado, 10h00: Duas equipes principais de ataque, disfarçadas, avançam de várias direções em direção ao campo de refugiados de Nuseirat, perto do litoral. As forças se movem furtivamente em plena luz do dia em direção aos dois prédios onde os reféns estavam, passando por milhares de palestinos e centenas de combatentes locais do Hamas que não os notaram. Segundo os palestinos, as forças entraram usando um caminhão de ajuda humanitária – e a Al Jazeera até publicou imagens disso com veículos das IDF, aparentemente de momentos após a operação. As IDF negaram isso e também negaram o uso do pier americano mais tarde.

10h45: Observações terrestres especiais e meios tecnológicos de rastreamento de aeronaves da Força Aérea identificam que a área está limpa e não há movimento suspeito nos dois prédios, cada um com 3-4 andares. Em um deles, Noa Argamani estava detida, e no outro, os outros três reféns, juntamente com famílias de Gaza e guardas armados.

10h50: As informações e imagens ao vivo das vielas, com centenas de metros de comprimento, que separam os dois alvos são transmitidas para telas nos dois centros de comando de onde a operação foi comandada: o centro do Shin Bet em Israel central, com a presença do chefe do serviço Ronen Bar e o Chefe do Estado-Maior Herzl Halevi, e o Comando do Sul em Be’er Sheva, de onde o general comandante do Comando do Sul gerenciava as forças de resgate ao redor.

11h00: As duas equipes terrestres recebem o comando “vai”, pessoalmente aprovado em tempo real pelo chefe do Shin Bet e pelo Chefe do Estado-Maior. Eles invadem os prédios simultaneamente e em plena coordenação, no mesmo segundo, para evitar que os terroristas no segundo alvo descubram – o que colocaria os reféns em perigo.

11h10: Enquanto a eliminação dos terroristas que guardavam Argamani e seu resgate ocorreu relativamente sem problemas, a operação no segundo prédio foi muito mais complicada. A equipe do Comandante Zamora relata que ele foi atingido no fogo cruzado. Os combatentes que eliminaram os terroristas naquele alvo estão tratando seu comandante e tentando salvá-lo ao sair do prédio, sob fogo crescente.

11h15: A mensagem que todos esperavam é relatada pelo rádio: “Os diamantes estão em nossas mãos” – significando que os reféns estão conosco.

11h20: Devido ao atraso, dezenas de terroristas se reúnem ao redor do prédio onde os três reféns estavam detidos, e centenas de homens armados se aproximam de todas as direções com lançadores de foguetes RPG, metralhadoras PK e rifles Kalashnikov. Eles correm pelas vielas estreitas e pelo mercado próximo, lotado com milhares de gazenses.

11h22: As forças tentam escapar no veículo de resgate, mas ele é atingido por um forte fogo e começa a falhar. O General do Comando do Sul, Yaron Finkelman, ativa o plano de resgate pré-preparado.

11:25: Jatos de combate e helicópteros da Força Aérea lançam dezenas de munições contra os terroristas para isolar a área. Centenas de soldados da 7ª Brigada, paraquedistas, Givati e Kfir, posicionados como reforços, são mobilizados a pé e também em tanques Merkava e blindados de transporte de tropas Namer no campo de refugiados, com navios da marinha cobrindo da oeste.

11h30: As tropas de reforço e a Força Aérea conseguem isolar a principal zona de combate, proporcionando assim uma rota de fuga segura para a força principal com os três reféns. O Comando do Sul aprova excepcionalmente que os helicópteros Yasur da Força Aérea pousem para evacuação no interior da Faixa de Gaza, sob cobertura aérea de jatos de combate. O fogo aéreo atinge os terroristas, a poucas dezenas de metros dos soldados.

11h50: Os últimos soldados das forças especiais embarcam nos helicópteros que decolam para hospitais em Israel. As tentativas de ressuscitar o Comandante Zamora continuam no ar, mas no hospital, são forçados a declarar sua morte. As tropas de reforço das brigadas das IDF continuam a enfrentar os terroristas no perímetro da operação – eliminando dezenas deles até o final da operação.

13h33: As IDF, Shin Bet e a polícia anunciam oficialmente o resgate dos quatro reféns, e comemorações espontâneas começam – tanto em Israel como entre os israelenses no exterior. (Via LikudBrasil, Via YNet, traduzido)