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As mentiras oficias do Hamas para o mundo

Nos dias 22 e 23/fev, o Hamas emitiu dois longos comunicados oficiais em inglês sobre a questão de Shiri Bibas, das cerimônias de entrega dos reféns e do tratamento dos reféns. A repercussão na mídia internacional é baixíssima, mas a Al Jazeera do Qatar, inimiga de Israel e da Autoridade Palestina, não só utilizou os termos dos comunicados, como colocou no ar, direto de Gaza, lideranças dos Hamas os reproduzindo em entrevistas.

O jornaleco Haaretz, inimigo interno de Israel, também está pautando seu noticiário pelas declarações oficiais do Hamas, ignorando as declarações do governo de seu próprio país. A justiça israelense continua vendo um assessor do primeiro-ministro que entregou a este um documento que o Shin Bet não queria entregar (até hoje não foi dito oficialmente se o documento era de fato um manuscrito de Sinwar elogiando a atuação dos kaplanistas nas ruas contra o governo israelense, ou se não era de Sinwar – como não estão afirmando, é provável que não seja).

Ele é “ameaça à segurança interna de Israel”, enquanto um jornal que mente abertamente respaldado pela liberdade de expressão, que demoniza o governo e as FDI e agora decidiu afirmar, pela retórica do inimigo, que a força aérea matou os Bibas, de “situação normal”.

É importante verificar o cinismo e escárnio das declarações do Hamas, que indicam o cinismo e escárnio da Al Jazeera e Haaretz ao as utilizar. Nas declarações, existe também a explicação da motivação da intencionalidade midiática nas cerimônias estúpidas de entrega de reféns.

Os comunicados do Hamas não são numerados. Primeiro, partes do comunicado do dia 22/fev.

– A troca de prisioneiros levada a cabo pelas Brigadas Al- Qassam reafirma hoje o seu compromisso com o acordo (de cessar-fogo), contrastando com a contínua procrastinação da ocupação na implementação dos seus termos.

– Esta transferência ocorre num cenário nacional poderoso, refletindo a unidade do nosso povo e facções, enquanto a ocupação vive um estado de fragmentação e acusações comerciais.

– A participação pública em grande escala durante a entrega dos seis prisioneiros inimigos envia uma mensagem renovada ao inimigo e aos seus apoiadores de que o vínculo entre o nosso povo e a sua resistência está profundamente enraizado e firme.

– Tornou-se claro para o público sionista que eles enfrentam duas opções: “Ou receberão os seus prisioneiros em caixões,” como aconteceu na quinta-feira devido à arrogância de Netanyahu, ou abraçá-los-ão vivos de acordo com as condições da resistência.

– Afirmamos a nossa disponibilidade para prosseguir para a segunda fase do acordo e a nossa preparação para concluir um processo abrangente de intercâmbio que levará a um cessar-fogo permanente e retirada total da ocupação (da Faixa de Gaza).

– As tentativas de Netanyahu de escapar à derrota do seu exército em Gaza, cometendo massacres na Cisjordânia, não quebrarão a vontade do nosso povo e a sua resistência.

O nosso tratamento aos prisioneiros baseia-se nos ensinamentos da nossa religião e nos nossos valores humanos, enquanto os nossos prisioneiros continuam a sofrer nas prisões da ocupação, suportando diversas formas de tortura e repressão.

– As falsas alegações que a ocupação criminosa está a divulgar sobre a morte das crianças Bibas às mãos dos seus captores são apenas mentiras e invenções infundadas.

– Tais alegações visam manchar a imagem da resistência palestina e justificar os crimes cometidos pela ocupação criminosa contra o nosso povo palestino.

A resistência palestina preservou as vidas dos prisioneiros com um forte sentido de honestidade e responsabilidade, e aderiu à sua moral islâmica e aos valores humanos, na medida em que não causou nenhum dano ao cão pertencente a uma das prisioneiras.

Hazem Qassem
Porta-voz oficial do Movimento Hamas

No dia 23/fev, o segundo comunicado.

– O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) condena veementemente a decisão da ocupação de atrasar a libertação dos detidos palestinos. Esta decisão revela mais uma vez as evasões da ocupação e o não cumprimento dos seus compromissos.

– A alegação da ocupação de que “a cerimônia de entrega é humilhante” é uma desculpa infundada e fraca destinada a evitar o cumprimento dos termos do acordo.

– Estes protocolos cerimoniais não humilham os prisioneiros, mas refletem o tratamento humano e digno que lhes é dispensado.

A verdadeira humilhação é aquela que os nossos detidos enfrentam durante o processo de libertação, incluindo tortura, espancamentos e maus-tratos deliberados até os últimos momentos.

– Os detidos palestinos são libertados com as mãos atadas e os olhos vendados, enquanto as suas famílias são ameaçadas de punição caso façam quaisquer celebrações de boas-vindas.

– A decisão de Netanyahu é uma tentativa deliberada de perturbar o acordo e uma violação clara dos seus termos, e demonstra ainda a falta de fiabilidade da ocupação no cumprimento das suas obrigações.

– Apelamos aos mediadores e à comunidade internacional para que assumam a responsabilidade e exerçam pressão sobre a ocupação para implementar o acordo e libertar os detidos sem mais demora.

Izzat Al- Rishq
Membro do Bureau Político do movimento Hamas

Imagem: foto oficial de divulgação do Hamas do dia 22/fev/2025, mostra “crianças inocentes” participando, como eles mesmos definiram, em “um cenário nacional poderoso, refletindo a unidade do nosso povo”.

O Hamas alega que trata os “prisioneiros” israelenses com os valores do Corão e os valores humanos do Hamas. COM CERTEZA!!!

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.