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Flagradas as mentiras do Hamas sobre o número de mortes

Foi publicado um estudo científico numa revista britânica apontando que o Departamento de Mídia do Governo do Hamas e seus aliados afirma que 70% das vítimas na guerra são mulheres e crianças, enquanto o banco de dados do Ministério da Saúde do Hamas, coloca este número em 50,8%. É uma diferença muito grande.

E todos os grupos de esquerda política utilizam o número da narrativa e não os números oficiais. Mas tem muito mais em termos de manipulação e apresentação fraudulenta dos dados.

O estudo foi publicado em Londres pela Henry Jackson Society e é assinado por Lewi Stone, professor de Matemática da Epidemiologia da universidade RMIT de Melbourne, e por Gregory Rose, professor honorário de direito da universidade de Wollongong, ambos da Austrália.

O estudo utilizou a base de dados do Ministério da Saúde de Gaza e a base de dados do Hospital Al Shifa, com limite em março de 2025.

São 50.021 mortes determinadas. A categoria “combatente” não existe. São todos civis. Essa é a primeira distorção intencional.

A segunda distorção é o encaixe de definição de quem é “criança, boy” e quem é adulto. A faixa de 15 a 20 anos de idade é definida como criança. E todos sabemos que, em qualquer guerra, a faixa de 18 a 20 anos de idade é a que compõe a massa de combatentes. Portanto, qualquer combatente do Hamas de 15 a 20 anos de idade morto em combate é classificado como “criança”. Os adolescentes em atividades de combate do Hamas são todos enumerados como “crianças mortas”.

A terceira distorção é a inclusão da taxa de mortalidade natural da Faixa de Gaza como baixas de guerra. Isso adiciona 9.000 mortes, que aconteceriam de qualquer modo, com ou sem guerra, como se fossem mortes causadas por Israel. Apenas nisso, o número de baixas durante a guerra já cairia para 41.000. Dado o número estimado de combatentes mortos, 20.000, o número de civis cairia para 21.000.

A quarta distorção é a inclusão de todas as mortes, causadas pelo Hamas, na Faixa de Gaza, sejam acidentais, sejam execuções, e principalmente mísseis lançados contra Israel, que falharam e caíram em solo de Gaza, como causadas por Israel. Sabe-se que cerca de mil mísseis jamais saíram do espaço aéreo de Gaza, e segundo o Hamas, não houve nenhum ferido e nenhuma morte. Não são 10 mísseis. São mil.

O somatório dos dados do Hamas dá como número de mulheres e crianças até 18 anos mortas desde 7 de outubro, 25.403, representando 50,8% do total divulgado pelo Hamas e não 70%.

Na operação contra Khan Yunes, em maio de 2024, os dados do Hamas mostram 2.154 fatalidades, das quais 1.411 eram homens adultos acima de 18 anos, portanto, 65,5%.

A simples não inclusão de qualquer combatente do Hamas morto serve para inflar o número de vítimas civis e esta narrativa é repercutida e disseminada por todas as instâncias políticas e midiáticas que apoiam o Hamas.

O fato de Israel utilizar a política militar de lançar uma pequena bomba contra um edifício ou casa que será atacada, chamada de “batida no teto”, avisando que 10 ou 15 minutos depois virá a bomba verdadeira, tem ajudado o Hamas a colocar crianças nos locais que serão atingidos. Seus próprios vídeos, modernos e antigos, mostram a educação das crianças para o martírio e mostram mães e avós felizes pelo martírio, contando quantos filhos ainda lhes restam para martirizar. Enquanto isso, defensores do Hamas, acusam, quem afirma isso de estar mentindo: “Você está dizendo que as mulheres árabes não amam seus filhos como qualquer mãe?” Não, não é isso. As mulheres do Hamas foram igualmente educadas para o martírio já na terceira geração e não representam a “mulher árabe padrão”. Além disso, a imensa maioria dos que defendem o amor e não o martírio está dissociada da realidade, nunca assistiu aos vídeos do próprio Hamas e nunca vão assistir.

É impressionante, quando Israel ataca um alvo avisado, haver mortes de crianças, mas não de adultos (pois não estavam lá), na Faixa de Gaza, enquanto no Líbano, isso simplesmente nunca aconteceu, pois todos saem do alvo e não colocam suas crianças nele para se tornarem mártires. A antecedência é tão grande que permite que a população se posicione para assistir aos ataques, gravar e publicar nas mídias sociais. Não existe qualquer outra explicação para a existência de crianças no alvo, a não ser, a intencional.

Quem não consegue ver a diferença do volume de vítimas em Gaza e em Beirute, com Israel agindo da mesma forma, avisando com antecedência o alvo que será atingido, é porque não quer ver.

Por José Roitberg – jornalista e pesquisador.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.