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Estudo israelense pode pôr um fim às vacinas contra covid-19

Uma equipe de pesquisadores liderados pela dra. Natalia Freund, da Universidade de Tel Aviv anunciou sucesso num estudo sobre anticorpos de pacientes que se recuperaram da covid-19. A notícia original é absolutamente técnica e foi publicada pelo Israel 21C. Vamos publicar apenas a intenção e explicação não formal.

A administração de altas quantidade de anticorpos de pacientes que se recuperaram da covid-19 em amostras IN VITRO de diversas variantes, eliminou a doença em entre 83% e 97% dependendo da combinação do anticorpo e vírus. O laboratório da dra. Freund isolou e sequenciou 9 anticorpos naturais dos pacientes humanos.

Não importa se os anticorpos eram de pacientes que tiveram Delta ou ômicrom. A avaliação preliminar do estudo, indica que os anticorpos desenvolvidos naturalmente pelo corpo humano, por pessoas que tem sistemas imunológicos fortes, são muito mais longevos e abrangentes contra variantes, que anticorpos induzidos pelas vacinas. Em Israel a vacina é da Pfizer.

Mas onde obter os anticorpos de pacientes recuperados? Aqui é que está o pulo do gato. A Dra. Freund consegui clonar os anticorpos. Escolheu os dois mais eficientes. Isso significa que com os já colhidos se poderia criar um processo industrial de fabricação de anticorpos e não de vacinas para criar anticorpos.

Os anticorpos clonados foram enviados para testes na universidade Bar Ilan do Negev e na universidade da Califórnia San Diego, obtendo os mesmos resultados.

É possível que a tecnologia utilizada pela dra. Freund permita clonar anticorpos para outros vírus e isso revolucione o setor de vacinas.

É a cura? Ainda não. Vamos ser muito cautelosos aqui. Qualquer pessoa interessada na pandemia sabe que quase qualquer coisa mata os vírus in vitro, ou seja, naquele potinho de vidro para testes. Uma gota de água oxigenada elimina o vírus. Uma gota de qualquer detergente, também. Mas não se pode administrar nas pessoas, nem um, nem outro. Os anticorpos podem ser administrados.

Agora é ficar atento a este desenvolvimento e aguardar aquelas fases de testes em humanos autorizadas oficialmente pelas agências reguladoras.

Mas há um grande problema em relação a isso e está acontecendo igualmente no Brasil com a vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais. E o problema é de dificílima solução. Tanto a nova vacina, quanto a possibilidade de anticorpos clonados precisam ser administrados em pessoas que não tiveram a doença e não foram vacinadas.

Não precisamos continuar, mas vamos. O universo de pessoas não vacinadas se restringe às pessoas que se recusam a ser vacinadas, por motivos, religiosos, antigoverno, vegans e pessoais. Será possível encontrar neste grupo gente que aceite ser mesmo cobaia, tanto da vacina brasileira quanto do tratamento israelense? É provável que não exista massa humana para grupos de teste como foram definidos e aceitos até hoje.

Imagem apenas ilustrativa.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.