Existe plano para Israel ocupar a Faixa de Gaza
Por JERUSALEM POST STAFF 25 DE MARÇO DE 2025, 11:02
Duas autoridades afirmaram que os novos planos foram viabilizados pelo retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca, segundo a reportagem.
Israel criou um novo plano para reocupar totalmente a Faixa de Gaza, que o exército está se preparando para iniciar, de acordo com uma reportagem do Financial Times desta segunda-feira, citando autoridades israelenses.
Segundo a reportagem, o plano envolveria o recrutamento de várias divisões de combate das FDI para entrar em Gaza e tentar eliminar o grupo terrorista Hamas. Em seguida, Israel reocuparia a Faixa de Gaza, marcando a primeira vez que teria controle total sobre a área desde sua retirada em 2005.
A reportagem enfatizou que o gabinete de segurança de Israel ainda não aprovou o plano e afirmou que ele teria sido formulado pelo chefe do Estado-Maior das FDI, Eyal Zamir, com apoio da “extrema-direita”.
Duas autoridades disseram que os novos planos foram viabilizados pelo retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca, segundo a reportagem.
OBS Menorah: exércitos são criados e treinados para matar e destruir o inimigo. Colocar tropas das FDI na posição de força de ocupação territorial pode se tornar uma desgraça. Precisamos explicar. Um soldado, quando está numa ação de combate, está num modo de atenção muito específico e muito focado. Numa missão de policiamento de ocupação, é impossível manter o foco, por horas, dias, semanas ou meses. Os soldados passam a não ver os perigos e se tornam alvos fáceis. Ocupar a Faixa de Gaza não significa ir lá para dentro resolver a situação. Significa criar uma nova situação perigosa para os soldados. Serem mortos em emboscadas, e desde distâncias muito longas, por atiradores de elite palestinos, que são muito bem treinados e, como soldados, fazem jus à sua designação. Ocupar Gaza significa se manter lá a todo custo até que os custos sejam demasiados, a tropa precise ser retirada e dê a vitória à “resistência”.
Se você imagina soldados israelenses arrebanhando civis palestinos à taxa de 10.000 por dia, para serem expulsos da Faixa de Gaza, com um viés positivo, de que isso será possível porque o presidente é o Trump, pense novamente. Isso promoverá o aumento exponencial do antissemitismo de esquerda. Parafraseando Heine: “Quem queima Teslas, um dia vai queimar pessoas.” Sabemos o que aconteceu e está em vias de acontecer novamente.
Até o momento, a resistência de terroristas do Hamas ao avanço das tropas de Israel dentro da Faixa de Gaza é pífia. Nos primeiros dias, as tropas avançaram por 3 km por dia, significando não haver combates. Aquelas notícias de que o Hamas teria recrutado novamente e voltado a ter 25.000 combatentes parecem ter sido ou falta total de informação correta ou simples propaganda de guerra.
Por José Roitberg – jornalista e pesquisador
Imagem, foto oficial de tropas das FDI na região da Colina do Sultão, Tel as Sultan, no sul da Faixa de Gaza, na noite desta segunda-feira. É impressionante, nas fotos dos últimos dias, como Gaza está verde, e até florida, depois das chuvas.
