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O evento de Iom Hazikaron (Dia da Recordação dos caídos por Israel) e Iom Haatzmaut, 76 anos de independência de Israel transcorreu tranquilamente na Hebraica-Rio com o salão Bem Gurion, lotado. A comunidade não se intimidou com os chamados para manifestação pró-Hamas programada para defronte a entrada do Clube. Cerca de 40 pessoas estiveram lá com faixas contra Israel, contra os Estados Unidos, gritando o famigerado “não em nosso nome”, que a esquerda radical judaica vem gritando nas ruas desde a Primeira Guerra do Golfo, quando os EUA e uma coalizão ocidental foram retirar as tropas invasoras iraquianas de Saddan Hussein, do Kwait. Ou seja, não tinha Israel no meio, não tinha sionismo no meio, mas defendiam o já executado ditador Iraquiano que possuía um exército para “libertar Jerusalém dos judeus”. Se algum deles quiser explicar exatamente o que significa “Não em nosso nome” na defesa dos inimigos dos EUA, de Israel e do resto do mundo, publicaremos, assinado, com prazer.

A abertura da programação foi com o presidente da FIERJ Alberto Klein falando sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.
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 Sabemos que muitas pessoas repudiaram e ficaram irritadíssimas com a convocação da manifestação para defronte à Hebraica-Rio. Mas pense por um momento. Estamos numa democracia. As regras do convívio democrático nas ruas foram respeitadas. Colocaram faixas e cartazes, cantaram, gritaram e depois de duas horas foram embora. Democracia é um regime onde você é obrigado a ouvir o que não quer escutar. Não queremos escutar o que eles dizem. Mas eles puderam dizer. Uma pequena chateação para nós e a democracia se traduziu em realidade. Movimentos juvenis e entidades judaicas formais mais a esquerda no espectro político estiveram dentro do evento, irmanadas com todos. Lá fora, as excrecências.
⁂ Creio que alguns deles vão ler estes dois parágrafos acimas e eu, José Roitberg, pois assino o que digo, gostaria que eles lessem também este terceiro. Peço à esquerda radical judaica que tem a pífia coragem de nos chatear, que tenha muita coragem de ir questionar a FEPAL, principalmente sobre a Solução dos Dois Estados. Tenham coragem, perguntem aos palestinos se querem a Solução dos Dois Estados só para ouvir um “Não”, deles. O Estatuto do Hamas é contra os Dois Estados. A Carta da OLP também. PCO, PSOL e PcdoB também são contra a Solução dos Dois Estados, querendo um estado laico cheio de coelhinhos floridos e fofinhos convivendo em harmonia, sem a Torá e sem o Corão. Perguntem lá da FEPAL se algum deles aceita o Estado Laico Único proposto pela esquerda anacrônica mundial. Tenham coragem de questionar aqueles que vocês acham que estão do lado certo da questão.
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⁂ Israel abriu uma terceira rota terrestre para entrada de caminhões de ajuda humanitária voltando a usar Erez, no norte da Faixa de Gaza, junto ao kibutz Zikim, que foi atacado no dia 7 de outubro. Erez, tinha sido completamente destruído pelos terroristas do Hamas. Portanto, Israel continua seguindo as determinações da Corte de Haia, em permitir o aumento da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
 Nos últimos dias tropas do IDF vem combatendo terroristas do Hamas não só em Raffah, última cidade do sul da Faixa de Gaza, como em Zeytoun, que é um bairro entre a cidade de Gaza e o mar e também em Jabalya, cidade ao norte da cidade de Gaza, antes de chegar a Bet Hanoun. O que isso significa? Simplesmente que o movimento que o IDF verificou e eliminou quando mais de 500 combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica se infiltraram do sul para o norte e voltaram a ocupar o hospital Shifa fez parte de uma estratégia de aproveitar a retirada das tropas de Israel para levar terroristas de volta a partes já liberadas da Faixa de Gaza.
⁂ Parafraseando uma jornalista que hoje está na berlinda, entenda porque isso é bom. Dividir para conquistar é uma estratégia original do Império Romano. Os comandantes do IDF apostaram que ao se retirar das áreas já limpas o inimigo iria voltar. Antes, no início da guerra eram 40.000 soldados/terroristas inimigos. Para esta volta às posições ainda possíveis, existiam cerca de 4.000 em Raffah, no máximo. 500 foram perdidos no hospital Shifa, entre mortos e capturados, inclusive comandantes. Ao menos outros 400 já tiveram o mesmo destino em Raffah, Zeytoun e Jabalya nos últimos cinco dias. O Hamas ao invés de se entrincheirar em Raffah, como muitos temiam, se dividiu e mandou seus quadros irem morrer em outros lugares. Numa estimativa muito conservadora, hoje o Hamas deve possuir 3.100 homens em armas dos iniciais 40.000 (essa conta inclui mortos e feridos sem condições de combater, ou seja, o total de baixas). Se autodividindo e partindo para operações que não possuem qualquer sentido tático contra Israel estão apenas acelerando o martírio que tanto prezam e pelo qual tanto lutam. Ou seja, lutar em Raffah e ter voltado a lutar em outros dois pontos, e provavelmente em Khan Yunes, é bom para Israel pois facilita a eliminação praticamente total do efetivo militar do Hamas.
⁂ Vários jornais dos EUA e de Israel, uns citando os outros, de forma circular, estão “afirmando” que Sinwar foi para Khan Yunes e está num dos túneis lá. Dizem estar cercado por reféns para sua proteção. Dentro das táticas do Estado Islâmico jihadistas deve-se esperar que junto a Sinwar e os reféns estejam, pelo menos, dois guardas com coletes bomba cuja missão é se explodir, matando a todos, ante a possibilidade de prisão do Sinwar. Caso o Sinwar não seja um jihadista convicto, mas apenas use esta crença para levar os irmãos dele ao martírio, enquanto ele mesmo não pretende o martírio, então não estará em Khan Yunes, mas na Zona Humanitária.
⁂ Será que as pessoas que vão para a rua exigindo que Israel pare de atacar o Hamas entendem que estão CONTRA O HAMAS e não contra Israel? Será que entendem que parar a guerra, significa para os 3.100 restantes a impossibilidade de se tornarem mártires? Gente que acredita em Marx, Trotsky, Stalin e Lenin, mas não acredita no Corão são pessoas estranhas.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.