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Israel pretende contratar uma empresa de operações militares norte-americana para fazer o controle da fronteira em Rafah e com isso impedir o contrabando de armas para dentro da Faixa de Gaza. Esta terceirização com empresas de segurança compostas por ex-militares não é nova e vem acontecendo desde a Primeira Guerra do Golfo. O artigo publicado no jornal Haaretz (da esquerda israelense) afirma que tanto Israel quanto EUA poderão dar apoio à empresa contratada se necessário.
 O presidente Joe Biden condenou o antissemitismo que vem acontecendo em seu país, mas defendeu o direito total à liberdade de expressão, durante evento do Dia do Holocausto em Washington. É necessário o leitor saber que nenhum, dos mais de 2.000 presos nas manifestações contra Israel e a favor do Hamas nos campi universitários norte-americanos foi preso pelo que disse, mas pelo que fez. A liberdade de expressão é total, mas vandalismo, invasão, ocupação de áreas particulares (as universidades não são públicas), agressão, intimidação, desobediência às ordens da polícia são crimes.
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⁂ Joe Biden genocida numa faixa portada por manifestantes na principal avenida de Washington. Biden se junta a Trump e Bush como alvo de uma campanha horrível promovida pela esquerda norte-americana e esta foto não vai ser publicada nos jornais brasileiros, pois é ruim para a narrativa. Em todas as manifestações há cartazes acusando Biden de ser genocida. Mas, ao contrário dos governos de Trump e Bush, a mídia deixa de lado e não afirma que são protestos contra o governo americano “fascista”.
⁂ Entre os cartazes e faixas nas manifestações americanas da segunda metade de abril, podemos ver exatamente os mesmos dizeres das manifestações muçulmanas pró-Hamas iniciadas na Europa no dia 13 de outubro de 2023, seis dias após a invasão de Israel por 3.000 terroristas do Hamas e civis palestinos com a finalidade de massacrar judeus. Então, os coletivos jihadistas europeus cantavam a morte dos judeus. E sem surpresa alguma, fome, matar crianças, sair de Gaza, genocídio, se vê nas manifestações contra Israel desde o ano de 2006. Isso mesmo 18 anos do mesmo. A diferença agora foi ter acontecido dentro de áreas particulares de universidades e não na rua pública.
 Israel retirou a força todos os colonos judeus da Faixa de Gaza no ano de 2005. Desde então, todas as manifestações de rua contra Israel exigem que Israel se retire da Faixa Gaza. O que significava isso quando Israel não estava na Faixa de Gaza?
⁂ Uma das exigências de estudantes e agregados nas manifestações nos campi americanos é que as universidades rompam seus acordos e contratos com as empresas do ramo militar nos EUA. Outras pedem o fechamento da indústria militar norte-americana, acusada de genocida, especificamente a Boeing. Quem não consegue enxergar o que é de fato um movimento espúrio nos EUA para fechar a indústria militar quando o fornecimento de ajuda militar americana para a Ucrânia é o que impediu a Rússia de ocupar o país, precisa ter mais atenção. 
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⁂ Entre as pessoas absurdamente racistas que estão se manifestando contra os judeus nas universidades norte-americanas, um aluno da privilegiada classe universitária, fabricou e posou com um cartaz afirmando que foi Israel que matou seus próprios cidadãos como pretexto para invadir Gaza. Isso vem de jovens que não sabem que Buenos Aires não é a capital do Brasil, não sabem em que continente fica os Estados Unidos e não sabe dizer o nome de dois países com os quais os EUA fazem fronteira. O que saberiam sobre Israel, palestinos, judaísmo e islamismo? Nada.
⁂ E foi justamente o que uma universitária de Columbia respondeu numa entrevista para a TV. – O que você está fazendo aqui? – Estou me manifestando a favor da Palestina. – Por quê? – Como assim, por quê? – Por que você está se manifestando a favor do Hamas? – Não, sei. Não me disseram. Não, sei. (e se vira para a amiga que estava do lado) Você sabe por que estamos aqui? (e amiga faz um sinal negativo com a cabeça). Tomam partido sem saber nada sobre o que está acontecendo, nem o que é o lado que defendem.
⁂ A polícia de Nova Iorque encontrou no Hamilton Hall, junto com os 73 presos que eram comandados por uma estudante de doutorado em literatura, Yohana King-Slutzky, judia, capacetes, máscaras contra gases, mais de 20 estiletes e facas, martelos, cordas, correntes pesadas e cadeados, o que descaracteriza totalmente a liberdade de expressão. Entre os panfletos distribuídos e pedido claro de “Morte a América”, o que faz com que os manifestantes possam ser enquadrados pela Lei de Terrorismo. São norte-americanos conclamando morte ao seu país em Nova Iorque, Los Angeles, Chicago e outras cidades importantes. Sabe-se que Yohana é judia pois vem de uma família de conhecidos psiquiatras e psicólogos judeus de Nova Iorque e obituário do pai dela fala das rezas na Bet Israel e pede aos amigos para dizerem o Kadish. Zero de dúvidas apesar do sobrenome bizarro, pois “slut” em inglês é “vagabunda, prostituta”. Ela se apresenta no Linkedin como “estrategista e manifestações de esquerda“.
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⁂ Entre os presos 2.000 presos pela polícia dos EUA, em Columbia 60% não faziam parte dos quadros da universidade, inclusive dois membros idosos dos Panteras Negras, grupo marxista de supremacia negra “Black Power”, norte americano. Uma das organizadoras do Occupy Wall Street, de 2011, hoje com 63 anos foi fotografada e entrevistada defronte ao Hamilton Hall, mas escapou à prisão. Os cantos, cartazes e faixas pelo fim do capitalismo, fim do imperialismo, fim do colonialismo, fim da polícia, poder para povo, sionismo é fascimo, fora os colonizadores de Washington, nada tem a ver com Israel ou com o Hamas, e sim com a agenda de manifestações da esquerda radical norte-americana, que nunca foram diferentes. “Interrompam, se apossem, destruam os interesses comerciais sionistas em todos os lugares – Morte à Israel, Morte à América – Desescolarização ! “

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.