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⁂ Os governadores de Goiás, Carlos Caiado (à esq), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas estão em Israel. Além de um primeiro encontro com Bibi Netanyahu, estiveram, nesta segunda-feira num dos kibutzim atacados pelo Hamas no dia 7 de outubro, podendo verificar o que aconteceu no local, acompanhados por porta-vozes das Forças de Defesa de Israel. Fotos atribuídas ao Brasil IL, de Marcia Sasson, antiga colega nossa de trabalho na FIERJ que fez aliah e está acompanhando a visita dos governadores.
 UMA BOA NOTÍCIA – Hoje (18/mar) foi a oitava noite do Ramadã e não aconteceu o “incêndio da Cisjordânia” pretendido pelo Hamas. Eu não me arrisco a afirmar que os quatro incidentes terroristas violentos, três com facas e um a tiros por parte de muçulmanos durante o Ramadã na Judeia e Samaria são frutos da incitação promovida pelo Hamas ou fazem parte do “normal ruim” da sociedade palestina.
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⁂ Num dos incidentes, um clérigo muçulmano sunita (acima), um iman de Hebron que pegou um fuzil AK-47 e foi disparar contra judeus a partir de um cemitério muçulmano na cidade, sendo abatido pelos soldados, pode ser e pode não ser parte do incitamento. O iman talvez tenha decidido se martirizar no Ramadã por motivos próprios. Ele foi baleado após os primeiros disparos e decidiu voltar a posição e continuar disparando até ser morto. O Hamas não alegou que os autores dos ataques eram filiados.
⁂ A avaliação por parte deles deve estar muito ruim. No início da guerra conclamaram a todos os muçulmanos do mundo a irem matar judeus. Não aconteceu praticamente nada. Antes do Ramadã repetiram o chamado jihadista e especificamente pretenderam ser seguidos pelos muçulmanos da Cisjordânia e de dentro de Israel. Não aconteceu praticamente nada. Está claro que o protagonismo que o Hamas pretende ter ou imagina ter sobre os muçulmanos do mundo inteiro nunca existiu e não existe.
 Se formos observar de dentro dos conceitos teológicos sunitas onde “o verdadeiro muçulmano nunca perderá suas batalhas“, a derrota que o Hamas vem sofrendo sinaliza claramente que eles não são verdadeiros muçulmanos (até por que escreveram regras jihadistas próprias contradizendo o Profeta). Isso torna ainda mais FUNDAMENTAL que Israel derrote completamente o Hamas. Se e quando isso acontecer, poderá estar sendo desferido um golpe fatal na ideologia jihadistas contemporânea, emanada do ISIS desde o ano de 2011.
⁂ No dia 25, Jerusalém terá sua primeira Parada de Purim após um hiato de 42 anos. O evento tinha sido planejado e programado muito antes de 7 de outubro. Prefeitura e organizadores decidiram ir em frente. Serão 30 carros alegóricos e sete palcos ao longo de um quilômetro no centro da cidade. É uma incógnita se vão acontecer protestos e incidentes.
⁂ O rabino chefe sefaradita/árabe Yitzhak Yosef, declarou na sexta-feira 15/mar que as palavras dele sobre um êxodo de Israel se os alunos das yeshivot forem recrutados para as forças armadas foram cortadas e tiradas do contexto. O rabino chefe afirmou que a citação correta é que os que estudam a Torá não podem e não vão abandonar seus estudos, já os que não estudam a Torá têm que se alistar. Mais sensato.
⁂ Nesta segunda-feira 28/mar o IDF realizou uma incursão no hospital Shifa, que está funcionando normalmente e era considerado uma área limpa. Existia uma informação de que o Hamas tinha voltado para lá. Os soldados foram recebidos a tiros, granadas de mão e explosivos. Durante a ação 20 terroristas do Hamas foram mortos, e 70 foram presos. Entre os mortos estava Faiq Mabhouh, chefe de operações da segurança interna do Hamas que comandava a operação. É mais um importante quadro do primeiro círculo de comando do Hamas a ser abatido. Na ação, o IDF perdeu o Staff Sgt. Matan Vinogradov, 20, tendo sido a morte número 250, entre o IDF desde o início da Guerra de Gaza. O IDF e os EUA confirmam a morte, dias atrás de Marwan Issa, o comandante operacional do Hamas na Faixa de Gaza, o número 3 na hierarquia.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.