Há 85 anos foi criado passaporte judaico da Alemanha Nazista
Em 5 de outubro de 1938, o Ministério do Interior do Reich invalidou todos os passaportes alemães dos judeus. Eles foram obrigados a entregar seus passaportes antigos, que só foram validados depois que a letra “J” foi estampada neles.
Além de adicionar aos passaportes o grande J vermelho, que significava “judeu” em 1º de janeiro de 1939, homens e mulheres judeus foram obrigados a adicionar “Israel” e “Sara”, respectivamente, aos seus nomes.
Essas leis facilitaram o reconhecimento dos judeus nas fronteiras e consulados quando um judeu tentava entrar no país ou solicitar um visto em um consulado.
A marcação de seus passaportes alienou a comunidade judaica e constituiu uma parte importante da campanha de perseguição. Essa classificação e simbolização foram as duas etapas iniciais do caminho para o genocídio.
A emissão desses passaportes durou até a segunda metade de outubro de 1941, quando as autoridades alemãs deixaram de emitir passaportes para judeus, como forma de incentivar e fazer cumprir a imigração, e passaram a impedi-los de partir. No final daquele ano, foi tomada a decisão de aniquilar os judeus da Europa.
Na foto, capa de um passaporte alemão carimbado com a letra J (de Judeu), identificando seu titular, Karoline Rülf, como uma mulher judia.
© Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos