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Israel liberta 55 presos do Hamas e ninguém se entende por lá

Entre os libertados está o ex-diretor do Hospital Shifa, em Gaza, que permitiu o uso do hospital como instalação militar do Hamas, como local de guarda de reféns sequestrados e também era o hospital que fornecia a eletricidade que o centro de comando do Hamas, no subsolo, utilizava. Adicionalmente existia muito armamento escondido em várias partes do hospital.

Este sujeito, o doutor Abu Salmiya, ao chegar novamente ao seu hospital desfiou um rosário de libelo de sangue, muito bem estruturado e que as mídias ocidentais, é claro, compraram e publicaram sem qualquer consideração. Aliás, as grandes mídias já definiram a muito tempo que o Hamas não mente, e que os judeus mentem. Quando dizemos “compraram” significa ação comercial, financeira, porque o texto com o libelo foi vendido pela agência AFP e aquirido, mediante pagamento, pelos jornais.

Todavia, é a mesma mídia que definiu IGNORAR todos os pronunciamentos do Hamas pelo genocídio dos judeus desde 1984. Decidiu IGNORAR todas as entrevistas em TVs árabes onde líderes de primeiro escalão do Hamas afirmam que o objetivo deles é matar judeus e morrer por Allah, e também transformar todo o planeta Terra em um mundo islâmico.

A mídia ignora a Carta-Estatuto do Hamas de 1984 que definiu, a 40 anos atrás, que negociações de paz são perda de tempo e que a Solução dos Dois Estados é CONTRÁRIA as intenções do grupo. Ainda assim publicam qualquer porcaria e mentira factoide enviada pelo “ministério da saúde” do Hamas ou por um desqualificado como este médico-terrorista.

Disse Salmiya que foi submetido à graves torturas, que por dois meses só tinham um pedaço de pão para comer por dia, que sofriam humilhações físicas e psicológicas e que foi “detido sem ser acusado”. Parece piada algum jornal de topo publicar uma porcaria destas, mas publicaram. Então ou doutor Salmiya quer uma acusação judicial formal durante uma guerra? Nós damos aqui: é o inimigo, seu pulha!

Qual é a acusação formal dos 235 israelenses sequestrados pelo Hamas? Nós damos aqui também: são judeus! E isso basta para o Hamas, assassinar, sequestrar e encarcerar. E a porcaria da grande mídia lacradora, publica o texto da agência francesa dando a entender toda a pretensa ilegalidade das prisões realizadas pelo “exército judeu”, contra os coitados dos palestinos de Gaza. Coitados que lançaram 19.000 mísseis contra Israel. Coitados que continuam lançando mísseis contra Israel. Coitados que são apenas um grupo de pessoas e não um país.

Basta um palestino do Hamas falar ou um manifestante marxista gritar em Nova Iorque para ser verdade. Enquanto tudo que Israel e os judeus sionistas falam é mentira. Transportar presos do Hamas, do campo de batalha para a prisão com as mãos amarradas e vendadas é ABUSO DOS DIREITOS HUMANOS. Transportar civis judeus sequestrados, feridos, ensanguentados com membros estraçalhados e decepados, sendo estapeados e socados por terroristas armados, sendo estapeados a atingidos por tábuas de madeira por civis inocentes de Gaza, mesmo mortos, tendo seus corpos roubados, pisoteados e espancados, é AÇÃO POSITIVA, afinal, trata-se de judeus.

COM QUEM ESTÁ A BATATA QUENTE EM ISRAEL?

Ben Gvir acusou o primeiro-ministro e o Shin Bet. Aí alguém disse que só sai da cadeia com autorização do Shin Bet e da Serviço Prisional, subordinada a Ben Gvir, ministro da segurança nacional. Bem Gvir pediu a renúncia imediata do chefe do Shin Bet. Um dia antes, o Smotrich tinha acusado Ben Gvir de nada ter realizado para deter a onda de crimes entre a comunidade árabe israelense.

A Serviço Prisional declarou que ela mantém as prisões, e nem prende, nem solta ninguém, apenas cumpre ordens judicias de soltura. Quem coloca e retira presos do sistema é o Shin Bet.

O Shin Bet disse que soltou os 55 porque não há espaço no sistema carcerário, já em superlotação, para novos presos e precisavam das vagas. O Shin Bet disse que liberta prisioneiros considerados de baixa periculosidade, regularmente, para abrir vagas e nenhum jornalista em Israel perguntou quantos foram libertados então após a única troca de presos por reféns realizada durante a guerra.

Bibi Netanyahu disse que Suprema Corte é parcialmente responsável devido a decisão dela a favor da petição contra a prisão de Sde Teiman (a superlotada), que ele não sabia que prisioneiros iriam ser libertados. Pior ainda é que o doutor Salmiya estava preso em Nafha, unidade onde não existe superpopulação.

O Serviço Prisional então disse que um general brigadeiro do IDF assinou a ordem de soltura de Abu Salmya, mas o documento está embargado e não pode ser publicado pela mídia israelense. O documento foi mostrado ao governo. Não se sabe o nome do general. Por sua vez o general Gallant, ministro da defesa, declarou que prender ou soltar prisioneiros com base na lei de segurança não é competência do ministério da defesa e sim do Shin Bet e Autoridade Prisional.

O Shin Bet disse ainda que cada um dos libertados teve o caso analisado em profundidade e constatada a ausência de risco ou envolvimento em ações terroristas.

Diversos ministros do governo usaram termos muito duros contra a situação onde o mais suave foi “vergonha”.

Lapid exige que o governo se demita. Mas exige isso, pelo menos duas vezes por semana, em qualquer caso que vier a aparecer. Desta vez, disse que a troca de acusações dentro do governo foi realizada de forma pública e que isso representa um governo disfuncional.

por José Roitberg – jornalista e pesquisador

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.