Jedwabne, Polônia: Crime Inominável, Cidade Maldita. 1941 – 2021
pelo professor Israel Blajberg
10 de julho de 2021. Hoje completaram-se 80 anos do infame e brutal crime praticado contra a comunidade judaica de Jedwabne (Yedvabna), Polônia, por habitantes da cidade maldita. Pequena comunidade rural, não fica muito longe de Varsóvia, talvez uns 150 km ao Norte. Mesmo hoje não tem muito mais que 2 mil habitantes. É melhor nem lembrar muito dos detalhes horríveis do que aconteceu, um crime bárbaro que supera em malignidade as fogueiras da Inquisição, dessa vez nas terras geladas e sofridas da Polônia.
300 judeus da pequena cidade, sem culpa nenhuma, pereceram como mártires Al Kiddush haShem (santificando o nome de Deus) queimados vivos trancados dentro de um celeiro. Vitimas da maldade humana, da intolerância, do preconceito até hoje observado na Polônia. Imaginem o grau de intolerância daqueles rudes camponeses ignorantes e semianalfabetos, espicaçados pelos padres antissemitas. O resultado foi esse. Pais e filhos, avôs e netos, homens, mulheres, idosos, crianças.
Essa é a face horrenda da Polônia antissemita.
Esse horrível massacre de inocentes ficou décadas oculto pela pátina do tempo, sendo hipocritamente creditado aos nazistas, e nao aos verdadeiros autores poloneses. Mas a verdade finalmente prevaleceu, quando esse horrivel pogrom ficou sendo melhor conhecido ao final do século XX, principalmente ao surgir a tradução inglesa de “Vizinhos”, do historiador polaco Jan Tomasz Gross.
Foi somente graças a Gross, historiador de Princeton, que publicou “Vizinhos: A Destruição da Comunidade Judaica de Jedwabne, Polônia” em 2001, que o mundo se deu conta da barbaridade cometida pelos próprios vizinhos das vitimas, e não pelos nazistas. O livro despertou a questão da cumplicidade polonesa no Holocausto, e tornou Gross inimigo numero 1 da direita polonesa até hoje. O cumulo da hipocrisia aconteceu em 1963, quando a Polônia comunista ousou instalar um monumento onde se lia: “Aqui a Gestapo e gendarmes nazistas queimaram vivas 1.600 pessoas em 10 de julho de 1941” …
Em 2001, nos 60 Anos da tragédia, pela primeira vez o crime foi reconhecido por uma autoridade polonesa, quando o Presidente Aleksander Kwaśniewski pediu desculpas em nome da Polonia. Em 2011, nos 70 Anos da tragédia, as desculpas foram renovadas pelo entao Presidente Bronisław Komorowski. Em 2021, nos 80 Anos desta página vergonhosa da Historia da Polonia, constata-se que lamentavelmente o atual Governo da Polonia vem baixando legislação que permite processar historiadores que revelem cumplicidade de poloneses no Holocausto. Nisso eles são tão hipócritas e venenosos quanto os áulicos comunistas de 1963.
Chuva de Mísseis sobre Jedwabne
Alemanha sofrida e gelada. Em homenagem histórica, aeronaves das forças aéreas israelense e alemã sobrevoaram o campo da morte nazista de Dachau e o aeroporto de Fuerstenfeldbruck, onde tombaram 11 atletas israelenses nas Olimpíadas de 1972 em Munich. Israel participa com seis F-35, dois Gulfstreams AWACS e dois aviões-tanque Boeing 707 que chegaram à Alemanha para duas semanas de exercícios.
O Coronel Aviador Ezer é o comandante do esquadrão, piloto experiente com mais de 2 mil horas de voo em aeronaves F-35, a mais moderna e mortífera da Força Aérea.
Parece um enorme pássaro negro, sua aparição nos céus assusta os espectadores dos desfiles aéreos, pelo ruido infernal das suas turbinas, a silhueta esbelta aparecendo e logo rapidamente sumindo na distancia graças a sua altissima velocidade, nao sem antes lançar seus “flares” que despistam o inimigo, possibilitando descarregar o inferno na terra com suas bombas e misseis que carrega sob as asas.
Ezer é neto de mártires que pereceram Al Kiddush haShem em Jedwabne durante o Holocausto. Apenas uns poucos parentes distantes sobreviveram a esta inominável catástrofe. O dia raiando, aeronaves decolam. Os combates aéreos simulados estão começando. Mas este treinamento será diferente dos outros até agora. De repente a aeronave do Coronel Ezer some dos radares. Os controladores nem desconfiam, mas ele acaba de acionar as ECM de bordo – contramedidas eletrônicas, disparando ainda pequenos foguetes que espalham pelo céu uma cortina com milhares de partículas refletivas bloqueando os sinais de radar de terra, em adição à capacidade stealth da aeronave, revestida de materiais por si só transparentes aos radares.
Toda a parafernália de guerra eletrônica da aeronave garantirá que ele logo esteja sobre o alvo sem ser detectado. Enquanto em terra se especulam sobre o que teria acontecido, o F-35 de Ezer já está aproando para Jedwabne, logo adentra sobre o espaço aéreo tcheco, apenas mais alguns minutos e estará sobre a cidade maldita, a uma velocidade 3 vezes maior que a do som, Mach 3.0.
Os diretores do treinamento se perguntam o que teria acontecido com Ezer, ainda sumido dos radares e sem contato com a base. A essa altura Ezer já está sobrevoando Jedwabne. Os radares da Força Aérea Polonesa sequer percebem o F-35, mas mesmo que o conseguissem, de nada adiantaria. Os velhos Migs e Sukhois não seriam páreo para um F-35, nem em velocidade nem em armamento.
Ezer baixa de altitude, o radar buscando e identificando alvos, enquadrando e disparando os primeiros misseis contra a Prefeitura, o quartel dos Bombeiros, há pouca coisa em Jedwabne para cobrar deles o preço da tragédia de 1941. Já se passaram 80 anos, mas nunca é tarde para a נְקָמָה – a vingança bíblica. Incrédulos, os camponeses filhos e netos daqueles malditos que cometeram o crime assistem as bolas de fogo riscando os céus, desabando como castigo dos infernos voltando-se sobre eles.
De repente o Coronel Ezer acorda sobressaltado … ensopado de suor, se dá conta que não está no F-35, e sim no alojamento da base. Foi apenas um sonho…
hoje, 10 de julho de 2021 consultamos a pagina eletrônica da cidade maldita – http://www.jedwabne.pl/.
Nem uma palavra …