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Judeia e Samaria (Cisjordânia): áreas A,B e C. Você conhece?

Essas são as terras onde se assentaram os hebreus liderados por Josué, o sucessor de Moisés, após a peregrinação do povo que deixou a escravidão no Egito, de 40 anos no deserto.

Trinta e três reis foram abatidos juntamente com os exércitos por eles constituídos e as regiões onde eram estabelecidos estes reinados foram conquistadas tanto de um lado quanto do outro do rio Jordão pelo exército hebreu comandado por Yoshua Ben Nun, mais conhecido pelo nome de Josué.

Trata-se da Terra Prometida, oferecida pelo Deus Único a Abraão, conquistada há 3.500 anos, a ferro e fogo.

Hoje, em toda esta área, está estabelecido o Estado Judeu e, existe há 75 anos uma constante luta árabe por este território.

O Mandato Britânico, constituído para esta área, ao fim da Primeira Guerra Mundial, no Tratado de Sèvres, estava obrigado a criar dois estados. Um para os judeus e outro para os árabes. Havia regras que foram atropeladas pela Inglaterra e o maior exemplo dessa quebra, trata-se da criação do Emirado da Transjordânia, em 1921 (portanto antes do tratado), hoje Jordânia que acabou por dividir em três, a área que deveria ser dividida por dois. Vale lembrar que a atual Jordânia é uma invenção inglesa que nunca constou de qualquer mapa do planeta Terra e que deu aos árabes, uma grande parte da região.

Em seguida, no ano de 1947, a ONU dividiu o que sobrou num racha mambembe, com a possibilidade da criação de dois estados: um para os judeus e mais outro para os árabes. No momento, trata-se de Israel e Palestina. Na época, nunca se falou em Palestina para um povo chamado palestino. Isto nunca existiu.

Em 1948, Israel foi criado pelos judeus. Egito, Síria, Líbano, Jordânia e Iraque atacaram Israel, imediatamente e, ao invés de estabelecerem o tal novo estado árabe, dividiram entre eles as terras que estavam destinadas para este fim.

O tempo passou.

Chegamos a 1967. Houve a esmagadora vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias e a parte conhecida como Judeia e Samaria (Cisjordânia) foi anexada ao Estado Judeu, conquistada à Jordânia. Estas terras bíblicas absoluta e historicamente judaicas, até então se encontravam sob domínio jordaniano, por 19 anos.

Com densa população árabe, passou a se constituir num entrave às conversações de paz com os árabes, agora já chamados desde 1964 de palestinos, até que entra em cena o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em 1993 e consegue, em 1995, em Oslo, arrancar um acordo assinado por Itzhak Rabin e Yasser Arafat que, aos olhos estarrecidos e incrédulos de todos os habitantes do planeta, se deram as mãos. Isso lhes rendeu o Prêmio Nobel da Paz.

Status de controle da Cisjordânia pelos Acordos de Oslo

É neste momento que as regiões da Judeia e da Samaria (Cisjordânia) são divididas em três zonas. A, B e C. A zona A, verde, a B, vermelha e a C, rosa.

A zona A que compreende 18% do território em disputa, foi devolvida à Autoridade Palestina e é densamente povoada apenas por árabes e totalmente controlada pela antiga OLP, hoje Autoridade Palestina. Como exemplo cito, dentre muitas, as cidades de Ramallah, El Bireh, Jericó e Nablus.

A zona B, vermelha, é composta de estradas e pequenas vilas e aldeias árabes, compõe 22% do território, tem controle misto do exército do Estado de Israel, da polícia e da Autoridade Palestina. Como exemplo, temos a aldeia árabe de UM DALLEN e todas as estradas locais.

A área C compreende todas as regiões onde se encontram cem por cento dos assentamentos Israelenses e significa 60% por cento da região. É completamente controlada pelo Governo do Estado Judeu, pela polícia e pelo Exército de Defesa de Israel.

Esta, atualmente, é a realidade da região.

Vale lembrar que, enquanto vivem dentro de Israel, cerca de 2 milhões de árabes com todos os direitos de cidadania, não há um só judeu em qualquer das cidades palestinas da zona A.

A ocupação israelense a que se referem os árabes e as esquerdas do mundo, assim como os tais apartheid e colonização da terra árabe por judeus, são argumentos perversos e mentirosos que não levam em consideração os direitos dos judeus na região.

A paz será alcançada quando os árabes quiserem e terras não será problema, pois existem mais de 70% das terras locais, completamente vazias.

Além disso, Israel já mostrou que em troca de paz, devolve territórios. Vide Sinai para o Egito e outras terras para a Jordânia, assim como devolveu Gaza aos palestinos e hoje estamos vendo o nefasto resultado desta atitude unilateral de Ariel Sharon.

Enfim, a história é esta, acima descrita. O resto é questão política e narrativas baseadas em ódio e perversidade antijudaica.

Vamos ver como tudo isso vai terminar!

Cada judeu, uma arma!

Ronaldo Gomlevsky

Imagem: vista geral da expansão residencial de Ramallah, capital da Autoridade Palestina, imediatamente ao sul de Jerusalém na área A. Foto de Michael Panse CC 4.0

Ronaldo Gomlevsky

Ronaldo Gomlevsky é jornalista, advogado e empresário.