Judeus em festa
Os hebreus e na sequência os judeus sempre celebraram as datas importantes, cantando e dançando. Os dois exemplos mais próximos de nós são a data comemorativa da passagem dos hebreus pelo deserto do Sinai por 40 anos, vivendo em tendas que nos sugere a construção de tendas em nossas propriedades para relembrarmos os dias vividos por nossos antepassados há 3.500 anos e agora, a celebração do fim da leitura da Torá e o recomeço desta mesma leitura com as primeiras linhas de Bereshit que está acontecendo exatamente neste momento.
São momentos de alegria, de lembranças.
Lembranças da liberdade de nossos ascendentes após a escravidão no Egito e lembrança do fato de que temos leis a cumprir que nos são colocadas à disposição, misturadas com a história maravilhosa de nosso povo desde Adão.
É minha tese também, a ideia de que um povo sem memória é um punhado de gente que certamente não conseguirá alicerçar o presente e por isso mesmo, muito menos conseguirá construir o futuro.
Nós judeus temos tradição. Temos um lindo passado, um presente pujante e a garantia de um futuro pacífico, produtivo, criativo e fraterno com todos os povos que desejarem conviver conosco.
Sucot e Simchat Torá são duas bençãos que nos fazem sonhar adiante com a certeza de que nos últimos 4 mil anos, nada mais fizemos do que servir à Humanidade, ainda que em algumas ocasiões, incompreendidos, maltratados, roubados e assassinados.
Ainda assim, sem ódio e convictos de nossa capacidade, continuamos sempre, remando em direção a fazer bem ao próximo e a tratar o próximo como queremos ser tratados.
Ronaldo Gomlevsky