Liri Albag: Ex-refém israelense é detida em aeroporto de Nova York
Em um incidente que destaca os desafios enfrentados por ex-reféns em viagens internacionais, Liri Albag, ex-soldado israelense mantida em cativeiro pelo Hamas por 477 dias, foi detida por alguns minutos no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. A detenção ocorreu devido a um alerta de segurança desatualizado nos sistemas americanos.
Uma detenção inesperada
Albag, que foi sequestrada em 7 de outubro de 2023 durante um ataque do Hamas ao posto de observação de Nahal Oz, foi libertada em 25 de janeiro de 2025 como parte de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo militante. Desde sua libertação, ela tem participado de eventos públicos e compartilhado sua experiência para aumentar a conscientização sobre os reféns ainda mantidos em Gaza.
A breve detenção no aeroporto ocorreu quando os sistemas de segurança identificaram um alerta relacionado ao seu sequestro, que não havia sido atualizado após sua libertação. No computador, ela constava como “em cativeiro” e isto levantou suspeita de que poderia ser uma impostora. Após esclarecimentos, Albag foi liberada e pôde continuar sua viagem.
Repercussões e reflexões
O incidente levanta questões sobre a atualização e manutenção de sistemas de segurança internacionais, especialmente no que diz respeito a indivíduos que foram vítimas de sequestro ou envolvimento em conflitos. A falta de atualização adequada pode levar a situações constrangedoras e estressantes para aqueles que já passaram por traumas significativos.
Além disso, destaca a importância de uma comunicação eficaz entre agências de segurança internacionais para garantir que informações críticas sejam atualizadas em tempo hábil, evitando mal-entendidos e garantindo a dignidade e segurança dos viajantes. Incidente semelhante não ocorreu em viagens anteriores.
O caminho de Albag após o cativeiro
Desde sua libertação, Liri Albag tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos dos reféns e na promoção da conscientização sobre os desafios enfrentados por aqueles que retornam de situações de cativeiro. Em entrevistas, ela compartilhou detalhes sobre os 477 dias em que esteve sob custódia do Hamas, descrevendo o período como um “inferno” e enfatizando a importância do apoio contínuo às vítimas de sequestro.
Sua experiência no aeroporto de Nova York serve como um lembrete dos obstáculos contínuos que ex-reféns podem enfrentar, mesmo após sua libertação, e da necessidade de sistemas de segurança mais sensíveis e atualizados.
Imagem: captura de tela de vídeo de Liri Albag com o presidente Herzog, do Instagram dela.
