Os soldados mortos e a paz no horizonte
Daqui a 5 horas vou pegar o avião de volta para casa.
Vim aos Emirados, no Golfo Pérsico, constatar a paz que já há um par de anos vem sendo construída entre Israel, os judeus de todo o mundo e os Emirados.
Sinagogas, escola, mikvá, negócios, embaixada e consulado de Israel, startups israelenses, restaurante kosher, rabinos e uma enorme dose de vontade de esquentar a letra fria da paz no papel podem ser visitados e sentidos por aqui, em Dubai, em Abu Dhabi e no coração das pessoas.
O dia de hoje é dedicado à celebração da coragem dos filhos de Israel que pereceram em defesa da bandeira azul e branca desenhada com a estrela de David no centro.
Não existe nada que seja mais significativo para justificar a paz do que todas as guerras que houve até hoje.
Alguém poderá argumentar: – E a Síria, o Líbano, a Arábia Saudita? E o Irã?
Eu respondo: Roma não foi feita num dia!
Estou presenciando muitas coisas fantásticas nos Emirados. Não há índice de violência que assuste. Violência quase zero. O país é limpo, asseado. A tolerância com bandidos e vagabundos é zero.
As línguas que se fala aqui, são hoje, mais de 200.
Aqueles que não desejam nos ver por aqui, os radicais? Ah, esses são uma ínfima minoria.
Nós os judeus, estamos nos habituando a estar com nossos ex-inimigos.
Esta relação que está engatinhando é a realização parcial dessa paz que todo judeu consciente espera há 500 anos, está acontecendo de fato. É preciso que os governos entendam que não podem desperdiçar chances de alcançar a paz, entre os povos e que qualquer retrocesso, joga um balde de gelo neste enorme esforço que está sendo realizado.
Quero, desejo, rezo para que aconteçam ações que possam solidificar esta paz, ainda muito tênue.
Mesmo tênue, já podemos falar claro, e em bom som, que esta paz é formidável pelo fato de que o primeiro passo foi dado.
Voltando ao passado, nós judeus temos desejado que essa festa se estenda por todos os nossos inimigos e que possamos saudar os nossos garotos mortos em combate, com o entusiasmo que a paz trás para que novas gerações não pereçam.
Portanto, celebrar soldados caídos durante 73 anos, soldados em defesa da vida em tempos de paz com nossos outrora inimigos é uma dádiva, que posso garantir, nunca imaginei e sei que vai acontecer.
Nós israelenses e judeus espalhados pelo mundo, sabemos o valor da chegada de tempos de paz. Rezamos para que esta paz, se estenda para outros campos. Que envolva outros países do Golfo, que empurre a Arábia Saudita e que se desenvolva no nível do que os povos necessitam.
Finalizo o tema de hoje, noticiando a MISSÃO DE PAZ ENTRE PRIMOS que está pronta e planejada e que aterrissará em Dubai, no próximo mês de novembro.
À partir de 10 de maio, vamos iniciar as demonstrações de como cada um, cada casal e cada grupo que deseje escrever em seus corações e em seus passaportes, a História viva dessa paz com os muçulmanos dos Emirados, realizando conosco a viagem desta missão, poderá se juntar ao excelente grupo que está se formando para esse fim.
É, de verdade, a história de um sonho que vem rateando desde 1948 mas que agora ninguém mais segura!
Até breve!
Ronaldo Gomlevsky
Dubai – Emirados