Porta-voz do Hamas: Israel saia desta terra ou morra nela
Para marcar o 34º aniversário da Primeira Intifada no dia 10 de dezembro o grupo terrorista Hamas realizou várias cerimônias em Gaza. Mahmoud al-Zahar disse que os palestinos não cederão “um centímetro” da terra que consideram sua.
O aniversário acontece em um cenário de violência renovada, com vários ataques terroristas palestinos recentes. Quatro deles aconteceram apenas na cidade de Jerusalém, incluindo um tiroteio fatal por um membro do Hamas.
Mushir al-Masri, o porta-voz do Hamas, disse em uma manifestação no norte de Gaza (conforme noticiado no jornal Falastin) que o Hamas continua no caminho da jihad e da luta em todas as suas formas, particularmente a de resistência armada contra Israel.
Segundo ele, Jerusalém continuará sendo o objetivo central da organização e continuará a ser motivo de violência se violada.
Masri acrescentou que o povo “palestino” está em uma batalha aberta contra a “ocupação” onde quer que esteja. Ele acrescentou que o Hamas está trabalhando de todas as maneiras para conseguir o levantamento do “cerco à Faixa de Gaza”, alertando Israel contra a procrastinação no assunto e sugerindo as dificuldades em negociar um acordo mediado pelo Egito.
Para Israel Masri declarou: “Vocês não têm lugar em nossa terra. Deixe-a ou morram nela.”
Relembre a história
Em 8 de dezembro de 1987, um caminhão militar israelense se chocou contra uma linha de carros palestinos que voltavam de um dia de trabalho em Israel, quatro pessoas morreram.
Enquanto milhares de palestinos saíam às ruas para o funeral das vítimas, as tropas das Forças do Exército de Israel no campo de refugiados de Jabalya foram confrontadas com uma chuva de pedras, tijolos e garrafas atiradas por adolescentes. Nos primeiros 10 dias de violência, 27 manifestantes foram mortos e 250 ficaram feridos.
A “intifada das pedra” se espalhou pela Faixa de Gaza, Cisjordânia e Israel, e quando acabou, seis anos depois, cerca de 1.900 palestinos foram mortos, incluindo 241 menores. Cerca de 277 israelenses foram mortos durante os seis anos de violência.
A revolta só terminou no final de 1993, por ocasião da assinatura dos Acordos de Oslo.