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Presidente do Irã quer todo o mundo islâmico com ele

O novo presidente do Irã revela sua visão: União Islâmica Regional com Fronteiras Abertas, Cooperação Estratégica com China e Rússia, e um Acordo Nuclear com o Ocidente.

O recém-eleito presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, concedeu sua primeira entrevista como presidente, na qual expôs sua visão e estratégia regional.

Pezeshkian escolheu o momento atual — a Semana da Unidade Islâmica — para enfatizar a necessidade de laços mais fortes entre o Irã e seus vizinhos, incluindo a Arábia Saudita e o Iraque (de onde ele retornou há alguns dias).

Ele expressou sua disposição de visitar a Arábia Saudita e convidou o príncipe herdeiro saudita a visitar Teerã, como parte do objetivo do Irã de estabelecer uma união islâmica regional (semelhante à União Europeia), com fronteiras abertas e ampla cooperação econômica.

Pezeshkian manifestou seu apoio ao acordo estratégico de 25 anos com a China e ao fortalecimento dos laços com a Rússia. Ele também declarou que o Irã busca melhorar as relações com a Jordânia e o Egito, bem como com o “estado irmão” Turquia, com quem as relações econômicas precisam ser reforçadas. (obs: a irmã Turquia construiu uma muralha de mais de 300 km de extensão em sua fronteira amigável com o Irã, margeada por uma rodovia militar para rápido deslocamento de blindados.)

Ele acrescentou que pretende resolver as “questões do Irã com o mundo” em relação ao seu programa nuclear por meio de um acordo negociado, para trazer prosperidade econômica e investimentos estrangeiros ao Irã. Pezeshkian enfatizou que o Irã não busca possuir armas nucleares.

Pezeshkian traçou uma linha vermelha em relação a Israel, destacando que enfrentar e se opor a Israel não está em discussão. Ele afirmou que o Irã nunca abandonará seu programa de mísseis, alegando que a autodefesa e a dissuasão contra Israel são essenciais; caso contrário, Israel bombardearia o Irã, assim como faz com Gaza.

Sobre a questão dos mísseis, Pezeshkian esclareceu que o Irã não está enviando mísseis hipersônicos aos Houthis no Iêmen. Ele afirmou: “Eles têm seus próprios mísseis. Eles os fabricam sozinhos. O Irã não possui os mísseis vistos no Iêmen.” Segundo ele, o último míssil lançado pelos Houthis em direção a Israel não é de origem iraniana.

Ainda na entrevista o presidente afirmou que pretende interferir e impedir a “polícia da decência” iraniana de importunar as mulheres. Como assim? Quer dizer que ela importuna? Vá perguntar para as ONGs ocidentais de defesa dos direitos das mulheres se eles sabem que existe a polícia da decência? Vá perguntar para as esquerdistas norte-americanas travestidas de muçulmanas gritando pela Intifada, se tem a mínima noção do que a polícia iraniana tem direito de fazer com as mulheres nas ruas num país, onde nenhuma mulher poderia se vestir como nenhuma estudante universitária americana se veste.

obs: da mesma forma que Pezeshkian nega que o míssil lançado contra Israel tenha sido iraniano, também nega que tenha enviado um navio carregado com mísseis balísticos para a Rússia, também nega que o Irã tenha fornecido armas para a Rússia, mesmo que os russos venham usando drones Shaheed comprados no Irã e também fabricados em solo russo, quase que diariamente há um ano. A matemática aqui é simples 1 – 1 – 1 igual a 3. São três mentiras deslavadas. A quarta não existir programa para a bomba atômica. E isso vem de governos iranianos cujos presidentes também negam que o Holocausto tenha existido, que negam que os judeus tiveram reinos, reis e templos no Oriente Médio, que afirmam que todas as pessoas que nascem ou já nasceram são muçulmanas e que cada pedacinho de terra no planeta pertence aos muçulmanos.

A língua no Irã não é árabe é persa, se se translitera como “farsi”. É exatamente daí que vem as palavras farsa e farsante, em português e nas línguas anglo-saxônicas.

Fonte: Abu Ali Express

Imagem, foto oficial do governo iraniano

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.