Rafael anuncia publicamente míssil ar-ar que pode abater inimigo que vem por trás
No dia 26/fev a empresa israelense Rafael tornou pública uma arma até então secreta da Força Aérea Israelense, também em uso por cinco outros países não nominados.
É o míssil Python-5, um missil ar-ar de quinta geração, de curto alcance, de ataque e defesa, para combate entre aviões . A principal característica tecnológica é o míssil possuir um computador embarcado, tecnologia permitida pelas CPUs velozes e de tamanho muito pequeno. Basta ver seu próprio smartphone. Todavia o Phyton-5 não é um míssil novo e vinha sendo utilizado em segredo deste o ano de 2006. Seu hardware vem sendo aperfeiçoado junto com as novas CPUs de computadores disponíveis.
O Python-5, um artefato de 120 kg com ogiva explosiva de 11 kg, pode ser utilizado para abater aviões inimigos posicionados em toda a esfera a partir do avião onde estão colocados, inclusive para trás, para cima, para baixo e para os lados. O piloto seleciona o alvo em sua tela, dispara o míssil que vai onde o inimigo estiver numa velocidade de Mach 4 (4.900 km/h, ou seja, 1,3 km por segundo). É altamente manobrável com oito superfícies aerodinâmicas (pequenas asas).
Pelo apurado nos portais de informações militares apenas a Rafael conseguiu desenvolver um míssil que opera para qualquer direção na esfera do avião de combate.
Outra característica impressionante é permitir o abate de um inimigo que venha pela frente, em rota de colisão, quando as velocidades combinadas dos caças é enorme. Imagine dois caças se deslocando a 2.000 km por hora, um em direção ao outro e um míssil que vai abater o inimigo nestas condições (2.000 metros por segundo ou mais).
Segundo a nota pública da Rafael, o Python-5 já teriam sido produzidas centenas de unidades, com abates comprovados em combate e certificados para emprego nos caças F-16, F-15, KFIR, LCA (pequenos jatos militares supersônicos de treinamento) e até mesmo nos F-5 repotenciados pela empresa, como os brasileiros. Mas segundo os sites de análise militar, os Python-5, até hoje, somente teriam abatidos três drones de baixa velocidade, alvos impossíveis para outros tipos de mísseis ar-ar.
O F-16 pode montar quatro mísseis destes em missão típica. O Brasil recebeu para seus F-5 e Mirage, 400 mísseis Python-3 em 2006 e outros 400 mísseis Phyton-4 em 2011, junto com a transformação de nossos F-5 de analógicos para digitais e capazes para serem reabastecidos em voo. O Python-4 não permite atacar alvos em toda a esfera, mas permite a mira através do visor do capacete do piloto.
Imagens: capturas de vídeo oficial de divulgação da Rafael.
