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Resgate em Entebbe

A fantástica operação que resgatou, 103 reféns israelenses na capital de Uganda, já foi tema de inúmeros filmes e livros e o mais recente filme sobre essa ação foi do brasileiro José Padilha. Essa história foi contada no longa “7 Dias em Entebbe”, dirigido por Padilha e disponível em plataformas de streaming.

Legenda da foto: A recepção aos passageiros resgatados do sequestro do avião da Air France acenam para a multidão enquanto deixam o avião de transporte Hércules no aeroporto Ben Gurion.
A recepção aos passageiros resgatados do sequestro do avião da Air France acenam para a multidão enquanto deixam o avião de transporte Hércules no aeroporto Ben Gurion.
Foto de Moshe Milner,Government Press Office (Israel), CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

O drama dos reféns começou com o sequestro do Airbus A 300 da Air France durante o vôo AF 139, Tel Aviv-Paris, com escala em Atenas, na Grécia, com 258 pessoas a bordo. Oito minutos após a decolagem, a aeronave foi dominada por 4 terroristas, dois membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina e dois da organização terrorista alemã Baader-Meinhof. O avião foi desviado para Entebbe após aterrissar em Bengazi, na Líbia, para reabastecimento e chegou a Uganda na madrugada do dia 28. Em Uganda o voo foi recebido por três cúmplices, além de membros do próprio governo local, inclusive o próprio presidente Idi Amin.

Logo após o desembarque dos passageiros, teve início uma triagem, onde os israelenses foram separados dos demais e mantidos reféns numa sala do antigo terminal do aeroporto. Em troca de 100 pessoas prisioneiros os terroristas exigiam a libertação de 53 terroristas presos em Israel, Quênia, Alemanha e outros locais. Os demais passageiros do voo, que não eram ou não se pareciam com israelenses, foram libertados.

Na noite de 3 de julho de 1976, 4 aeronaves de transporte com mais de 200 soldados foram enviados por Israel para Entebbe, a 4.000 quilômetros de distância, um voo que durou 8 horas. Depois de uma escala no Egito, os aviões israelenses voaram baixo até seu destino, visando evitar a detecção pelos radares.

Era o início da operação de resgate, por Israel, dos reféns, a ação que ficou conhecida como Operação Entebbe.

Na madrugada de 4 de julho, os israelenses pousaram no aeroporto sitiado e, rapidamente, se dirigiram ao terminal, onde mataram todos os sete militantes e destruíram 11 caças MiG fornecidos para Uganda pela União Soviética.

Toda a operação não durou mais do que 90 minutos e as Forças de Defesa de Israel (IDF) então retornaram para sua casa com os reféns a bordo de suas aeronaves.

O saldo total de mortos da Operação Yonatan: o tenente-coronel Yonatan “Yoni” Netanyahu, irmão mais velho do ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu,que liderava uma unidade de assalto de 29 homens – e três reféns – dois mortos no fogo cruzado com os terroristas e uma senhora de idade, Dora Bloch, que havia sido transferida para um hospital de Uganda e que posteriormente foi assassinada por ordem de Idi Amin.

Para muitos judeus a Operação Entebbe é mais do que apenas uma vitória militar, significa a luta milenar pela sobrevivência de um povo que luta até hoje por sua existência.

Marcia Salomão

Publicitária, com formação em publicidade, propaganda, marketing e relações públicas, Atua nas áreas de produção editorial e assessoria de imprensa.