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Se for judeu não pode ser LGTB…

A ILGA – The International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex), na quarta-feira 30/out, anunciou que já não considerava Tel Aviv como uma opção viável para a próxima conferência em 2026 ou 2027. A entidade de 46 anos, presente em mais de 150 nações, informou que estava cancelando a participação da “Agudá” (literalmente Associação), a entidade que representa a comunidade LGBTQ de Israel, que havia sugerido o local.

Em um comunicado, o coletivo mencionou “o respeito aos nosso Estatuto” e afirmou que a Agudá infringiu as normas ao apresentar Tel Aviv (o que quer que isso signifique). A ILGA World também pediu desculpas aos seus membros remanescentes pela proposta de Tel Aviv, declarando: “Temos consciência de que a consideração da proposta de Tel Aviv gerou ira e prejuízo às nossas comunidades.”

A ação evidenciou a tensão entre israelenses LGBTQ e judeus LGBTQ e seus aliados, após o massacre brutal do Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel e a subsequente guerra em Gaza.

Numerosos judeus LGBTQ que não são contra Israel expressaram sentir-se excluídos ou não aceitos em suas comunidades queer. Neste verão, alguns judeus reclamaram que foram marginalizados dos eventos públicos do Orgulho. Fato semelhante aconteceu em São Paulo, ainda em 2023, quando judeus LGBT foram tocados para fora de um evento de rua.

Em um pronunciamento em hebraico, a Aguda expressou sua “profunda frustração” com a decisão da ILGA de boicotar aqueles que trabalham pelos direitos LGBTQ+ e batalham por uma sociedade mais equitativa.

A defesa da Aguda englobou a homenagem a soldados gays que lutaram pelo país e a demanda por um tratamento equitativo para os que sucumbiram em batalha.

A Aguda reforçou sua atuação em Israel e afirmou que o grupo, estabelecido em 1975, também atende a cidadãos árabes e comunidades de refugiados palestinos. O coletivo fez críticas diretas ao governo e às entidades de Israel, criticando canais de televisão por propagarem discursos anti-LGBTQ e alertando para um crescimento generalizado nos ataques à comunidade em Israel.

“Como comunidade, não devemos arcar com a responsabilidade pela política do governo, e esperamos que a comunidade internacional apoie vozes liberais em vez de boicotá-las,” continuou a declaração. “Temos orgulho de ser LGBTQ+ e israelenses, e continuaremos a lutar por uma sociedade mais igualitária e segura.”

A ILGA World fez seu anúncio antes de sua próxima conferência na África do Sul, onde, segundo o grupo em seu comunicado, “Reconhecemos a experiência histórica com o apartheid e o colonialismo na África do Sul: Mesmo a possibilidade de votar em tal proposta em seu país de origem estaria em desacordo com a solidariedade inequívoca ao povo palestino.”

OBS Menorah: temos visto muitas manifestações LGBT nos EUA e Europa favoráveis ao Islã e ao Hamas, completamente dissociadas da realidade. “Queers for Gaza” é de uma esquizofrenia completa. Não importa quantos gays o Irã enforque em guindastes sob aplausos, pois as execuções são em público e nas ruas, as lideranças e vários setores LGBT são contra os judeus e não emitem qualquer nota de repúdio contra o islã. Já vimos no Brasil que a definição “se for socialista não pode ser sionista” se enraizando, e estamos no processo de outra: “se for LGTB não pode ser sionista”. Isso é antissemitismo na veia.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.