Sobre Beatrix Von Storch, deputada alemã
Essa deputada pertence ao Partido AFD que é de direita.
A tradução de Alternatif Fun Deutchland em alemão é Alternativa para a Alemanha.
Este partido abriga também, membros da extrema-direita.
Existem, hoje, na Alemanha, 150 mil judeus, na esmagadora maioria, israelenses.
A Alemanha nazista matou 6 milhões de judeus indefesos em campos de concentração entre 1939 e 1945.
O avô desta deputada foi ministro das finanças na Alemanha, antes de Hitler, desde 1932, durante Hitler e depois de Hitler. Esse avô era nazista? Pode ser que sim.
A deputada, neta do tal ministro defende ideias de direita? Sem dúvida!
Idéias de direita são necessariamente antijudaicas ou anti-Israel? Absolutamente,não!
Essa deputada tem se pronunciado contra Israel?
Não. Muito ao contrário. Ela é favorável a Israel. Discursa no Parlamento contra o boicote e defende Israel.
Essa deputada ataca judeus?
Nunca atacou judeu algum e não participa de qualquer ato antijudaico que ocorre na Alemanha, inclusive produzido por membros extremados do próprio AFD.
Como devemos, nós os democratas judeus de direita nos comportar com relação a essa deputada?
Bem, falo e escrevo em meu próprio e único nome:
Ser neta de nazista não significa ser nazista.
Ser de direita não significa ser antissemita.
Defender Israel contra o BDS é um bom sinal para mim.
Não atacar judeus é outro bom sinal.
Ser de direita e ser recebida por políticos de direita no Brasil, faz parte do estreitamento de relações políticas internacionais, desde que não haja contaminação com a criminalidade e esta deputada alemã não está condenada e nem acusada de crime algum.
Entidades judaicas ao centro, bem como de esquerda, além de judeus de esquerda tem direito de se colocar.
Deixo aqui um desafio: uma palavra, uma atitude, um discurso da tal deputada contra judeus e contra Israel precisam ser trazidos anexados a todos os protestos contra Beatrix Von Storch. Caso não haja para provar a acusação que lhe fazem, ficará claro que pessoas e entidades agiram com precipitação, o que não é saudável e expõe algo como calúnia, injúria ou difamação, ou ainda, quando menos, fofoca para atalhar o governo brasileiro e políticos nacionais de direita que tiveram contato com a deputada alemã no Brasil.
Se não há o que trazer contra Beatrix Von Storch, fico com a máxima judaica que sigo: NÃO FAÇAS AO OUTRO O QUE NÃO QUERES PARA TI!
Estou aguardando por parte de quem acusou a deputada, a mostra de posicionamentos antissemitas e anti-Israel. Não aparecendo, vou imaginar que os detratores dessa mulher, estão agindo partidária e ideologicamente, de acordo com os interesses deles, o que transforma essas acusações e os protestos em, apenas, narrativas.
Ronaldo Gomlevsky