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Três jovens soldados assassinados por policial egípcio levantam várias questões

Israel perdeu mais três belos jovens num ataque terrorista que não poderia ter acontecido e vindo de uma direção que ninguém esperava. Foram abatidos, sem reagir, num posto de fronteira entre o deserto do Negev e o deserto do Sinai, os sargentos Ohad Dahan, 20, Lia Bem Nun, 19 e Ori Yitzhak Iluz, 20.

Estavam numa unidade mista. Os dois homens do batalhão Bardelas e a mulher do batalhão feminino Caracal, especializado em reconhecimento e combate no deserto. Ohad e Lia foram abatidos sem tempo de reagir do lado de fora do posto de fronteira. Não se trata de uma edificação ou instalação, mas apenas uma cabine de concreto com vidros a prova de balas pouco maior que um banheiro químico de eventos.

Ori foi atingido a 200 metros de distância e fazia parte do primeiro pelotão que caçava o terrorista. Posteriormente o policial egípcio foi encontrado e abatido em confronto por outro pelotão do IDF.

COMO O POLICIAL EGÍPCIO ENTROU EM ISRAEL?

É neste ponto que o comando militar Sul e o Estado Maior estão verificando o que deverá ser feito. Os generais emitiram um pronunciamento de que as tropas não podem agir na fronteira como se estivessem num ambiente pacífico. A missão delas tem sido conter o tráfico de drogas a partir do Egito. Normalmente o traficante se aproxima da altíssima cerca de aço e arames normais e farpados, joga a droga por cima e os pacotes são pegos por traficantes israelenses, geralmente beduínos. A missão tem sido impedir os traficantes de se evadir com as drogas dentro de Israel.

A prontidão para evitar ser baleado por policial de outro país, dentro de seu próprio país é zero, e isso é compreensível. Inicialmente a informação era de que o egípcio tinha percorrido 5 km a pé no deserto durante a noite e passado por uma “portinhola” na cerca: uma porta mesmo, de pequenas dimensões, que permitiria soldados israelenses atravessarem a cerca e entrarem no Egito, em caso de necessidade. E isso demonstra que o policial egípcio sabia exatamente a localização da passagem, não marcada (é obvio).

Durante maior de 2021, no conflito entre o Hamas e Israel, Salah Ibrahim publicou no Facebook “Allah está com a Palestina”, com a hashtag #GazaUnderAttack. Parece ter sido a única postagem dele sobre o conflito e pode ser considerada absolutamente normal. Fontes israelenses radicais afirmam que ele era um “Jihadista pois carregava um Corão”, o que é uma opinião bizarra e estúpida. Se cada muçulmano que tem um Corão consigo for um jihadista, então não existiria outro tipo de muçulmano, de fato, a imensa maioria.

Provavelmente, pelos motivos sunitas e procurando o martírio em combate – o que conseguiu – Mohamed Salah Ibrahim decidiu ir matar judeus e ser morto em combate para ascender ao Paraíso.

Um grupo de oficiais egípcios a cargo da investigação pelo Cairo visitou os locais onde o assassinato e os outros dois confrontos aconteceram.

É uma situação miserável para nós, judeus. O islã deveria arrumar outra maneira dos seus irem para o lado do Profeta no Paraíso, sem nos envolver.

Por José Roitberg – jornalista e pesquisador

Imagem: Ohad, Lia e Ori, que sejam lembrados, foto oficial do IDF.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.