Um ataque terrorista, um herói e um assassino

Não é título de filme mas de uma tragédia ocorrida em Jerusalém. Dois terroristas que o Hamas assumiu serem seus membros, desembarcaram de um carro (motorista e passageiro) e começaram a disparar contra judeus que esperavam o ônibus num ponto em Jerusalém no dia 30 de novembro 2023.

Estavam com calças, casacos leves pretos e tênis brancos. O israelense Yuval Doron Castleman, salta do carro com sua pistola do outro lado da avenida e corre atirando contra os terroristas. Do carro laranja saltam os dois reservistas do IDF. Os dois terroristas decidem fugir e tentam entrar no carro novamente. Um deles é abatido na calçada à direita do carro, pelo Staff-Sargent (maior patente entre os sargentos) Aviad Frija e o outro por Yuval na porta do motorista. Mas por uma coincidência lamentável, Yuval também está de calça preta e casaco preto leve e tênis branco. O sargento Aviad e outro soldado mais afastado começam a disparar seus fuzis contra Yuval que tenta correr e é atingido.

Imediatamente larga a arma, se ajoelha no chão, levanta os braços, grita em hebraico que é israelense e judeu, abre a casaco para mostrar que nada tem por baixo e é executado por um tiro perfeito e consciente do sargento Aviad

Como sabemos? Tudo em vídeo por câmera de controle de tráfego. Neste dia 4/dez o sargento Aviad foi preso pela polícia do exército israelense acusado de homicídio intencional. Tem muita gente defendendo Aviad Frija, afirmando que era uma situação de estresse e que Yuval se vestia igual aos terroristas e estava junto a um na porta do motorista. Todavia Aviad é sim provavelmente culpado de homicídio porque desrespeitou as regras de engajamento israelenses de “meios e intenções”. Ele até podia imaginar que Yuval era um terceiro terrorista, mas do momento em que estava ajoelhado com a mãos levantadas e desarmado inexistia qualquer “meio, recurso” para Yuval ser considerado um alvo hostil. Yuval foi executado a sangue frio por um sargento do IDF.

Os advogados de Aviad afirmam que o vídeo cria uma falsa impressão do que poderia ser visível pelo ponto de vista do sargento, mas nada falam sobre o disparo final segundos após os tiros terem cessado. Tentam verificar se um dos outros disparos realizados foi o que matou o herói, mas o vídeo não deixa dúvidas.