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Uma viva e uma morta: os destinos de Ori e Shani

Ori Megidish, ao centro é soldado do IDF da unidade de observação de Nahal Oz sequestrada pelo Hamas no dia 7. Foi resgatada esta manhã (30/out/23) durante as operações por terra em Gaza em ação conjunta do Shin Bet com o IDF. Condições de saúde normais. Esta foto é dela já em casa com os parentes, foto do Shin Bet.

Já o destino de Shani Lauk za’l, 23, foi confirmado através de um exame de DNA feito pela ZAKA em Israel de um grande fragmento de crânio encontrado em solo israelense durante a busca por mortos e feridos do massacre terrorista do dia 7. A mães foi comunicada e disse estar aliviada pois a filha não sofreu.

Shani era um DJ judia com dupla cidadania, mas nunca residiu na Alemanha, e estava no festival de música. O vídeo com o sequestro dela foi um dos primeiros a viralizar, de bruços, imóvel, com a perna esquerda numa posição improvável e terroristas do Hamas sobre ela rindo e dando vivas a Allah. Dias depois a mãe a identificou pelas tatuagens visíveis na perna. Passados mais alguns dias o Hamas divulgou que ela estava viva, com um ferimento grave na cabeça e sendo bem tratada em Gaza. Havia esperanças apesar de não terem mostrado foto ou vídeo da moça.

Segundo os médicos da Zaka, não é possível sobreviver com um grande pedaço do crânio arrancado. Na picape ela, provavelmente estava morta e foi jogada de bruços para a produção de vídeo e fotos de propaganda do Hamas de modo a que não fosse possível ver a frente da cabeça dela.

Ontem surgiram mais vídeos de câmeras de segurança de tráfego e dos kibutzim atacados. Em duas delas, vê-se execução de judeus nos carros deles, furto de objetos dos corpos e dos carros pelos assassinos, e alguns minutos depois um furgão com outros homens do Hamas, revirando o que sobrou para ver se tem algo mais a ser roubado e carregando corpos de judeus para dentro do furgão.

O corpo de Shani Lauk exposto numa picape do Hamas como um troféu de caça. Ao invés de uma gazela na África, uma moça judia de 23 anos em Gaza.
Estes são os corajosos heróis do povo palestino que assassinaram a judia e roubaram o corpo dela como um troféu. O vídeo foi feito nas ruas da cidade de Gaza onde os matadores de judeus eram saudados como heróis do islã. Dois deles fazem o “número 1” com o dedo que não é o sinal do Hamas e sim do ISIS, do Estado Islâmica, pois Allah significa “Único” e não deus.
Nas ruas de Gaza a bestialidade de chegar perto e comemorar a judia morta
em nome de uma interpretação radical do Islã.

Fica claro que a primeira hipótese do dia 7 de que foram sequestrados tanto vivos quanto mortos era verdadeira. Somando a Shani, existe confirmação visual do sequestro de três corpos. Portanto, é impossível afirmar quantos, dos agora 239 reféns em mãos do grupo terrorista Hamas estão mesmo vivos. A lista de desparecidos confirmados é considerada em poder do Hamas. Ainda existem 40 nomes de desaparecidos não acrescentados à lista.

Desejamos a Ori uma vida longa e feliz. Desejamos a Shani que esteja em paz, mesmo que seu corpo continue “sequestrado” pelo Hamas.

OBS: algumas publicações precipitadas nas mídias sociais afirmaram que o corpo de Shani foi localizado. Não é verdade.

Foto de abertura do post, divulgação do Shin Bet

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.