Yitzhak Rabin, o soldado que foi duas vezes primeiro-ministro e perseguiu a paz
Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém no dia 1º de março de 1922. Cresceu em Tel-Aviv e, serviu no exército israelense (IDF) por 27 anos, culminando sua carreira militar como Chefe do Estado-Maior das FDI. Em seu papel como Chefe do Estado-Maior, Rabin liderou as FDI a uma vitória triunfante na Guerra dos Seis Dias, que resultou na libertação e reunificação de Jerusalém.
Em 1968, Rabin foi nomeado embaixador israelense nos Estados Unidos, no seu retorno, foi eleito para o Knesset (parlamento israelense) e foi nomeado Ministro do Trabalho no governo de Golda Meir. Após a renúncia de Golda Meir , Rabin tornou-se primeiro-ministro em 2 de junho de 1974 – o mais jovem na história de Israel e o primeiro israelense nativo (Sabra).
A partir de 1984, Rabin serviu como Ministro da Defesa. Depois de recuperar a liderança do Partido Trabalhista em fevereiro de 1992, Rabin foi nomeado novamente primeiro-ministro,em junho de 1992, assumindo também o cargo de ministro da Defesa.
Como político, Rabin procurou fortalecer o Estado e suas relações com o mundo. Em sua administração a palavra modernização acabou sendo a principal prioridade ao lado da paz.
Acordos de Paz de Oslo
O primeiro-ministro Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assinam em 1993 em Oslo,Noruega,o que ficou conhecido como os “acordos de paz de Oslo”, um conjunto de acordos de paz, que contaram com a mediação do então presidente dos Estados Unidos, o democrata Bill Clinton.
Em 1994, Rabin, Shimon Peres e o presidente da Organização para Libertação da Palestina, Yasser Arafat, receberam o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços pela paz na região.
O assassinato
Em 4 de novembro de 1995, Rabin discursou para 100 mil israelenses na praça de Tel Aviv que hoje leva seu nome, pedindo que seus compatriotas apoiassem os Acordos de Oslo – tratados provisórios que abririam caminho para uma solução de dois Estados. Enquanto se dirigia para o carro, ele foi baleado duas vezes, à queima-roupa, pelo ultranacionalista Yigal Amir. Rabin morreu no hospital.
Rabin deixou a esposa, Leah, a filha, Dalia, e o filho, Yuval.