Yom Hazicaron-O mundo judaico comemora os caídos nas guerras e as vítimas do terrorismo
Israel comemora ao cair da noite desta segunda feira, 24 de abril, o Yom Hazikaron, dia da Lembrança em Homenagem aos Soldados Caídos nas Guerras de Israel e Vítimas de Terrorismo. Centenas de milhares de judeus de todo o mundo se reúnem nesta noite para homenagear os soldados e vítimas do terrorismo que deram suas vidas pelo Estado de Israel.
O Yom Hazicaron ou Dia da Memória é um feriado nacional de Israel e um dia de luto nacional comemorado desde 1949 (5709, segundo o calendário hebraico), ano seguinte à independência do Estado de Israel.
Neste feriado relembra-se os veteranos e soldados mortos do Estado de Israel e das Forças de Defesa de Israel que tenham tombado no cumprimento de sua função, além de relembrar as vítimas israelenses de ataques terroristas em território israelense ou no exterior.
O dia inclui muitas cerimônias em honra aos soldados mortos, e os soldados veteranos sempre estão sempre presentes.
O Yom Hazikaron se inicia com cerimônias às 20 horas após uma sirene de um minuto de duração, que é ouvida em todo o País. Durante o toque da sirene, os israelenses ficam em pé, em silêncio, em honra à memória daqueles que são recordados nesta data. Mesmo que estejam no trânsito, os motoristas param seus veículos nas ruas e estradas, colocando-se em pé em sinal de respeito.
Outra sirene, de dois minutos de duração, é soada por todo o país às 11 horas e 1 minuto da manhã seguinte, marcando a abertura oficial das cerimônias memoriais em todos os cemitérios do país em que haja soldados sepultados, que tenham tombado no cumprimento de seu dever. O dia se encerra com uma especial cerimônia de transição entre Yom Hazikaron e Yom Haatzmaut (esta última, uma data extremamente festiva) às 20 horas no Monte Herzl, na cidade de Jerusalém, com as bandeiras nacionais a meio-mastro.
A observância do Yom Hazikaron apenas um dia antes do Yom Haatzmaut serve para lembrar as pessoas de prestar seus respeitos aos caídos e suas famílias antes de participar da alegre celebração da Independência do país.
Às vésperas deste dia são divulgadas três as estatísticas diferentes: os caídos no ano passado, as vítimas desde o início da Guerra de Libertação (1947-1949, entre a Resolução da Partilha e a assinatura dos armistícios) e os 1.626 mortes desde 1860, quando os judeus de Jerusalém deixaram a Cidade Velha para se estabelecer fora de seus muros.
Cinquenta e nove soldados morreram durante o serviço militar desde o último Dia da Memória, de acordo com dados divulgados sexta-feira pelo Ministério da Defesa.
Outros 86 veteranos deficientes morreram de complicações resultantes de ferimentos sofridos durante o serviço.
Os números elevaram para 24.213 o total de mortes durante o serviço ao país desde 1860.
Os números anuais incluem todos os soldados e policiais que morreram no ano passado, seja no cumprimento do dever ou em consequência de acidente, doença ou suicídio.
Trinta e um nomes também foram adicionados à lista de vítimas do terrorismo que morreram em ataques no ano passado. Duas outras vítimas deficientes morreram de complicações de ferimentos graves sofridos em atentados, elevando o total para 4.255 desde 1851, de acordo com o Instituto Nacional de Seguros de Israel.
Um país praticamente paralisado visita cemitérios e se reúne em família porque todos têm alguém para recordar.