12 de janeiro e os judeus da Sicília
Mas um horrível capítulo na história judaica- 12 de janeiro e os judeus da Sicília
Para os judeus sicilianos, esta data de 12 de janeiro é um dia de luto. Há exatos 529 anos, em 12 de janeiro de 1493, os 30 mil judeus da região, descendentes dos que ali haviam chegado por ocasião do saque de Jerusalém, no ano 63, pelo romano Pompeu, foram expulsos por decreto, no bojo dos movimentos da Inquisição espanhola.
O curioso desta história, reside no fato de que os reis católicos de Espanha, Fernando e Isabel, decretaram a expulsão dos judeus da Sicília em 18 de setembro de 1492. Houve um estratégico adiamento para 12 de janeiro de 1493.
Nesses 4 meses que se seguiram, roubos, extorsões, todo o tipo de furtos, cobranças extorsivas de impostos e agressões foram cometidos contra os judeus, sob o olhar complacente das ditas autoridades da época que também engordavam os próprios cofres na crista da tsunami que abateu os da fé mosaica.
Hoje, os judeus locais remanescentes, reclamam o lugar deles na história da Sicília.
O destino dos judeus europeus na esmagadora maioria dos anos que se sucederam desde a escravização e a dispersão do século I, foi de tristeza.
Um continente dominado por papas quase sempre interessados em garantir espaço político e cofres abarrotados, sob o manto protetor da crença difundida pela nova religião, antagônica do judaísmo, levou os judeus, invariavelmente, a becos sem saída.
Separados da sociedade, acusados de quase tudo de ruim por quase todos, durante cerca de 1900 anos, até o advento do moderno estado de Israel, foram tratados na Europa como animais, culminando essa perseguição com o Holocausto.
Na Sicília de 12 de janeiro de 1493, não foi diferente!