Biden em julho na Arábia Saudita e Israel
A visita estava inicialmente marcada para este mês de junho, mas foi postergada. Alguns motivos são óbvios. Estão acontecendo intensas negociações em entre Jerusalém em Ryad para os sauditas aderirem aos Acordos de Abraão.
Outro motivo foram as manobras israelenses-americanas para ataque ao Irã. O exercício atual está sendo realizado no norte da ilha de Chipre, com colaboração do governo cipriota, moradores queixando-se do barulho e a esquerda da ilha acusando o governo e os sionistas de tudo que se pode imaginar.
É a primeira vez que Israel realiza um exercício de larga escala de desembarque naval de tropas e blindados, apoiados por 100 aviões de combate e helicópteros. Evidentemente duas praias do norte de Chipre foram tomadas com absoluto sucesso, contra uma oposição militar apenas simulada. De forma alguma se pode imaginar que Israel irá desembarcar homens em solo iraniano. Nunca perca de perspectiva que a extensão territorial do Irã é maior que a da Alemanha.
A guerra entre Irã e Arábia Saudita prossegue no Yemen. Os sauditas são os únicos, e também os líderes de sua própria coalizão, que ainda não assinaram acordos militares com Israel, apesar de existirem alguns avanços civis. Com a integração entre sauditas e israelenses o bloco anti-iraniano estará completo.
A possível adesão da Turquia, inimiga ancestral do Irã, é uma incógnita, mas é possível, pois a Turquia lança suas guerras e operações militares de acordo apenas com seus interesses nacionais, além de ser membro da OTAN.
Não se surpreenda se Biden, formalizar os Acordos de Abraão com a Arábia Saudita daqui algumas semanas. Politicamente seria ótimo para ele conseguir isto, pois retiraria de Trump a definição de ter sido o único que conseguiu.
Foto – Joe Biden (2017) domínio público.