BrasilÚltimas notícias

Rio de Janeiro inaugura Memorial do Holocausto juntando-se às maiores cidades do mundo

A cidade do Rio de Janeiro inaugurou,no último dia 7 de dezembro de 2022, um Memorial do Holocausto irmanando-se às grandes cidades do mundo com um local próprio para homenagear e lembrar os horrores do Holocausto e suas vítimas.

Localizado no Morro do Pasmado, no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade, o espaço será aberto ao público a partir do dia 27 de janeiro, Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Até lá, o espaço receberá apenas visitas guiadas.

Segundo Ronaldo Gomlevsky, ex-presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro e participante do grupo inicial que criou as diretrizes para o estabelecimento do Memorial, ”um próprio municipal, ou seja, um equipamento público que faltava no Rio de Janeiro. Uma realização que contou com a idealização de Gerson Bergher, com a luta de Thereza Bergher, com o denodo de Arnon Velmovitzky e com a competência e o comprometimento de Alberto Klein.Os doadores foram fundamentais. Os construtores e a idealização do arquiteto, magistrais.

Nada disso teria sido possível se o prefeito Marcelo Crivella não tivesse tido a coragem que todos os 5 prefeitos anteriores dispensaram. Crivella matou no peito essa bola que veio torta e mandou para dentro das redes, fazendo um golaço que equiparou o Rio de Janeiro, a Paris, Londres, Nova York, Washington e Jerusalém.Visitei todos, sim, todos os museus do Holocausto pelo mundo e, o nosso, nada deve.

A luta contra o preconceito, contra a discriminação, contra o antissemitismo, contra o ódio aos negros, aos evangélicos, aos índios e aqueles que professam as religiões afro-brasileiras hoje, na Cidade Maravilhosa, tem um teto.”

A exposição interativa conta os fatos de antes, durante e depois do Holocausto assim como relatos de sobreviventes, para que a população conheça os acontecimentos relativos ao genocídio provocado pelo nazismo na Segunda Guerra Mundial.O objetivo é manter viva a memória deste episódio para que isso jamais

A exposição homenageia ainda, ciganos, homossexuais, comunistas, deficientes físicos, que também foram vítimas do nazismo, na segunda Guerra Mundial.

Em seu discurso no evento Alberto Klein,presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto,a instituição que administra o Memorial , disse:

“E o que eu gostaria que acontecesse nesse Memorial? Nesta resposta eu incluo um pedido a nossos prefeito (Eduardo Paes, presente na cerimônia) e governador (Cláudio Castro, que foi representado pela Secretaria de Estado da Cultura, Danielle Barros), que este equipamento público seja para a nossa cidade, além de um símbolo de tolerância, respeito à diversidade e à pluralidade, símbolo da luta contra todo e qualquer tipo de discriminação; que nos ajudem frente à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal na aprovação de leis mais duras contra os crimes de ódio; também com a adequação do Marco Civil da Internet nesse enfrentamento. Espero que este monumento seja símbolo de luta coordenada contra a apologia ao nazismo e que atue no combate às várias células nazistas existentes hoje em nosso país. Além disso, espero, também, que município e Estado usem este equipamento, trazendo escolas, servidores civis e militares para uma imersão e conscientização do que pode acontecer quando compactuamos com discursos de ódio, discriminação e preconceito. Cada indivíduo que conseguirmos conscientizar é uma vitória do bem, e esse é o nosso objetivo.”

Foto

O Memorial do Holocausto com o Obelisco de quase 20m de altura. Foto Ronaldo Gomlevksy

Marcia Salomão

Publicitária, com formação em publicidade, propaganda, marketing e relações públicas, Atua nas áreas de produção editorial e assessoria de imprensa.