Suprema Corte de Israel encerra monopólio ortodoxo de conversão de crianças não judias para adoção
Este caso completou 20 anos da pauta da Suprema Corte a partir de uma ação aposta pelo Movimento do Judaísmo Reformista de Israel. Um painel expandido de nove dos quinze juízes votou para o encerramento da prática.
O rabinato de Israel exigia que crianças não-judias colocadas para adoção em Israel fossem convertidas pelo judaísmo ortodoxo e entregues somente a pais ortodoxos.
O Movimento Reformista e Progressiva argumentou que isso se tratava de uma conversão forçada imposta sobre uma criança que nem estaria entendendo ou idade de entender o que significava.
O Estado, a partir de seus membros ortodoxos no governo, no Ministério do Bem Estar Social, desde 2003 alegava que isso era realizado levando em conta os melhores interesses para a criança, pois uma criança que não é considerada judia pelos Estado “pode encontrar dificuldades em casar como judia quando for adulta.” A Suprema Corte não aceitou esta justificativa ainda disse que o Estado sabe que os judeus podem se casar como judeus em qualquer designação judaica em Israel ou fora de Israel.
Os números divulgados na decisão de hoje da Suprema Corte mostram que o número de casos de adoção em Israel nos últimos anos caiu significativa para apenas algumas dezenas por ano e o de crianças não judias para apenas algumas por ano.
Obviamente esta decisão da Suprema Corte é mais uma que o setor ortodoxo judaico verão como uma decisão contra eles e contra os judeus, pois julgam apenas serem eles, de fato judeus.
Imagem: Ilustrativa, prédio da Suprema Corte de Israel em primeiro plano e Knesset ao fundo. Foto do Ministério do Turismo de Israel CC 2.0 Wikipedia.