Restabelecida a comunidade judaica de Cametá, no centro sul do Pará
Missão cumprida. 15 famílias descendentes de judeus marroquinos que perderam o caminho e retornaram ao nosso povo, graças a Hashem e ao projeto do Beit Midrach Peer Yosef Brasil, com a vinda de um rabino de Israel após a preparação e refundação da Sinagoga Hebraica Portuguesa de Cametá e um cemitério judaico na cidade de Cametá no estado do Pará. Cametá fica à margem esquerda do rio Tocantins, geograficamente na Ilha de Marajó, que não é ilha.
Sinagoga com estatuto, diretoria e projeto para construção de um mickve em curso. Cametá receberá visitas pontuais de nossos rabinos que estão apoiando a reconstrução do rito português para os descendentes dos judeus expulsos de Portugal e Espanha, para continuação deste projeto no resgate destas famílias cujos sobrenomes, Bentes, Benatar, Cohen entre outros estão voltando as suas raízes judaicas após mais de 180 anos de história dos seus antepassados.
No Pará na Ilha de Marajó se encontram muitos cidadãos com sobrenomes absolutamente judaicos tradicionais, mas inseridos no catolicismo. Nos últimos anos vem existindo uma compreensão por parte deles de suas raízes familiares, levando ao desejo de voltar à fé dos antepassados deles. Várias das pessoas das gerações atuais tem o conhecimento do caráter judaico passado de suas famílias, mas precisam de ajuda educacional judaica e direcionamento religioso para retornar ao judaísmo. E isso está lhes sendo oferecido.
O rabino que esteve em Cametá é o israelense David Amar de origem familiar do Marrocos. Mas é um Dayan Gadol muito conhecido aqui no Brasil, responsável pela parte religiosa do Beit Midrach Peer Yosef Brasil, da Sociedade Israelita do Rito Portuguez (escreve-se com a letra Z mesmo, no formato antigo, mantendo o nome de uma sociedade fundada no século 19 resgatada). O rabino David Amar é o que está de costas na foto durante a realização do primeiro kidush feito por um rabino em Cametá desde meados do século 19. Note à esquerda um dos membros da comunidade com uma linda vela roxa de avdalá.
Os judeus marroquinos, tanto de descendência ibérica como árabe chegaram ao Pará no Primeiro Ciclo da Borracha.
