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Sete judeus do Azerbaijão espionavam para o Irã

Sete judeus israelenses, incluindo dois menores de 16 e 17 anos, assim como um pai e um filho, estão sob custódia desde setembro sob suspeita de espionagem séria para o Irã em troca de centenas de milhares de dólares. Na segunda-feira 12/out, uma declaração do promotor foi apresentada contra eles com um pedido para estender sua detenção até o fim dos procedimentos, enquanto o estabelecimento de segurança ainda está investigando como eles operaram por dois anos sob o radar do Shin Bet, IDF, polícia e Mossad.

Estes são 3 dos espiões em fotos já divulgadas oficialmente.

Os suspeitos são Aziz Nisanov, Alexander Sadikov, Yigal Nisan, Vyacheslav Gushchin, Yevgeny Yoffe (e dois menores). Eles são todos judeus israelenses que imigraram do Azerbaijão. Os adultos entre eles não serviram no IDF e não foram empregados em instalações de segurança que eles documentaram como parte de suas atividades de espionagem. Eles são moradores da área norte de Krayot e Haifa, que receberam sua cidadania sob a Lei do Retorno e por outros métodos que ainda estão sob investigação.

Espera-se que os sete sejam acusados ​​de ajudar o inimigo durante a guerra, um crime punível com pena de morte ou prisão perpétua. A polícia rejeita a avaliação de que os sete fizeram parte da decisão do Hamas de invadir as comunidades da fronteira em 7 de outubro, mas enfatiza que “todo míssil disparado em direção ao país nos últimos dois anos de Gaza, Líbano ou Irã atingiu lugares que eles fotografaram e enviaram aos iranianos, especialmente no último ano.”

Entre outros alvos, os suspeitos fotografaram a base de treinamento de Golani, onde um drone do Hezbollah atingiu e matou quatro soldados das IDF. As principais missões deles era fotografar instalações militares em Israel e capturar coordenadas de GPS exatas em pontos definidos pelo Irã fora dos locais a serem alvo, que depois permitem o cálculo matemático das coordenadas do alvo. Também foram aos locais atingidos no dia 4 de abril para localizar os pontos de impacto (de longe). Um dos objetivos básicos era a localização das posições do Domo de Ferro.

Dos detalhes da investigação, surgiu que os sete realizaram entre 600 e 700 missões de espionagem para o Irã ao longo de dois anos. Eles documentaram instalações de segurança sensíveis, bases militares e alvos humanos, o último dos quais foi o comandante da base de Nevatim e seu filho.

Em sua investigação, os sete disseram que “ficaram viciados no dinheiro que lhes era pago”, totalizando centenas de milhares de dólares transferidos a eles em criptomoedas, de forma criptografada, por meio de casas de câmbio no país e até mesmo várias vezes por meio de correios russos que vinham ao país e transferiam os fundos a eles em reuniões que mantinham com eles.

Na sexta-feira, a promotoria deve apresentar uma acusação contra eles no Tribunal Distrital de Haifa por uma série de graves infrações de segurança.

Detalhes da investigação revelam que os sete sabiam em algum momento ou outro que os materiais que coletaram estavam sendo transferidos para o Irã. A gravidade dos atos ficou clara durante a investigação aberta e na escuta telefônica secreta colocada sobre eles. “Nós entendemos claramente que eles estavam sedentos por missões porque estavam sedentos por dinheiro. Eles perguntavam uns aos outros ‘Então quando é a próxima missão’. Às vezes eles realizavam três ou quatro missões por dia”, disse Binyamin.

José Roitberg

José Roitberg é um jornalista brasileiro e pesquisador em história, formado em Filosofia do Ensino sobre o Holocausto, pelo Yad Vashem de Jerusalém.