BBC confessa sua linha tendenciosa contra Israel e favorável ao terrorismo islâmico
Era para ser um documentário sobre a vida na Faixa de Gaza ao longo da guerra atual, intitulado: “Gaza – como sobreviver numa zona de guerra”. Foi publicado na área de streaming da BBC, que é uma empresa estatal britânica. Numa comparação pouco acurada, como se fosse a TVE no Brasil, só que muito maior.
Diferente de uma TVE, a BBC também é uma agência de notícias internacional (existe a Agência Brasil, mas é irrelevante no contexto mundial). A AB dá notícias sobre as instâncias de governo do Brasil. A BBC dá notícias sobre todas as partes do mundo, todas as pautas e as grandes empresas jornalísticas compram, pagam, para usar seus textos. Em várias publicações no Brasil você lerá, logo no início, ser matéria da BBC, AP ou AFP, por exemplo. Nestes casos, os textos são comprados e publicados na íntegra, sem revisão, sem alterações: copia e cola. Então, se a agência foi tendenciosa, quem publicar os textos comprados também o será.
O documentário era ancorado e apresentado por um garoto palestino simpático que mostrava a destruição e as agruras, culpando Israel, deixando de lado o fato do Hamas ter atacado Israel. A temática era sempre “a ocupação sionista atacando os palestinos”.
Dois dias no ar e um jornalista investigativo, dedicado ao antissemitismo que existe dentro da atividade antissionista, verificou que o garoto em questão, era nada menos que um dos filhos do ministro da agricultura do Hamas. A BBC jamais disse isso no filme. Passou a imagem de uma criança qualquer de 14 anos e não de uma criança comprometida, filha de um membro do primeiro escalão do Hamas. Isso foi suficiente para a BBC receber duras críticas e retirar o vídeo da plataforma de streaming. Mas as cópias estão por aí, legalmente ou ilegalmente e hoje, existem novidades terríveis.
O jornal inglês Daily Telegraph resolveu assistir ao documentário inteiro e rapidamente descobriu, e publicou, uma operação de “whitewashing”, termos que não tem tradução literal em português para o que significa, e pode ser entendido como “substituição étnica”, algo muito mais profundo que simples erros de tradução. A substituição intencional, ficou comprovada quando o Telegraph marcou que todas as vezes que é dito “judeus”, em árabe (yahud), a legenda traz “israelenses” ou “forças isralenses” em inglês. E todas as vezes em que os palestinos dizem “jihad” em árabe, a legenda “batalha” ou “resistência”!
Os erros de tradução foram destacados pela primeira vez pelo Comité para a Precisão na Reportagem e Análise do Médio Oriente (CAMERA), um órgão de fiscalização dos meios de comunicação pró-Israel com sede nos EUA, que ofereceu traduções mais precisas do árabe original do filme para contrastar com a versão da BBC.
Seria muito mais que “passar o pano” para o Hamas, termo que pessoalmente eu não gosto e não uso. Sendo a BBC estatal, se poderia afirmar que existiu uma operação para descaracterizar e remover do discurso palestino ABSOLUTAMENTE LIVRE, CLARO E DITO pelos entrevistados a questão religiosa de ódio aos judeus (como eles sempre expressaram, não é novidade alguma), e também a questão da guerra santa, ou sagrada, a jihad, transformando-a num fato político mundano.
A polícia antiterrorista britânica abriu uma invetigação, pois parece que a BBC, através de seus produtores, realizaou pagamentos ao grupo terrorista Hamas para a realização do documentário. O Hamas é definido pelo governo britânico como grupo terrorista, mas a BBC pensa de outra forma.
No curto vídeo, abaixo, publicado pelo Telegrah no X, um exemplo da substituição realizada pela BBC.
Alguns exemplos:
Árabe: os judeus invadiram nossa área. Inglês: o exército de Israel invadiu nossa área.
Árabe: os judeus vieram, nos destruíram, o Hamas e os judeus. Inglês: os israelenses destruíram tudo, assim como o Hamas.
Árabe: (sobre Sinwar) ele estava engajado na resistência e na jihad contra os judeus. Em inglês: ele estava combatendo e resistindo contra as forças israelenses.
Alguém irá dizer: “Mas a tradução da BBC foi absolutamente normal! Os palestinos sempre disseram yahud, judeus, ao se referir aos israelenses!” Ah é? De fato isso sempre aconteceu e a mídia antissemita foi quem sempre substituiu o termos nas traduções. Será que alguém imagina que os palestinos não sabem que existem dois milhões de cidadãos não-judeus em Israel, a imensa maioria composta por muçulmanos e não sabe diferenciar um israelense de um judeu?
Por José Roitberg – jornalista e pesquisador