AMIA: 29 anos de impunidade
Foi numa segunda-feira, no dia 18 de julho de 1994, às 9h53,que uma bomba explodiu na sede da Associação Mutual Israelita Argentina localizada na rua Pasteur 633, no coração do bairro Once da cidade de Buenos Aires, demolindo o prédio, danificando seriamente edifícios próximos, causando a morte de 85 pessoas e mais de 300 feridos.
O crime, pelo qual o grupo fundamentalista islâmico Hezbollah é acusado com o apoio do Irã, continua impune.
A entidade representativa da comunidade judaica argentina reitera seu compromisso de continuar lutando incansavelmente pela memória das vítimas.
As instituições da democracia devem às vítimas, às entidades atacadas pelo terrorismo fundamentalista e à sociedade como um todo.
Com o slogan “Justiça ausente. Digamos presente”, e com a convocação conjunta da AMIA, DAIA e Familiares das Vítimas, nesta terça-feira, 18 de julho, às 9h53, o Ato Central começará a prestar homenagem às 85 pessoas assassinadas no atentado perpetrado em 29 anos atrás.
Como acontece em cada ato, às 9h53, hora exata em que o carro-bomba explodiu contra a sede da AMIA, será ouvido o som da sirene e, em seguida, serão lidos os 85 nomes das pessoas assassinadas, enquanto seus familiares acender velas em sua memória.
“No próximo dia 18 de julho estaremos novamente presentes em frente ao local que foi tentado destruir, para demonstrar publicamente que continuamos de pé, que não nos derrotaram e que exigir justiça e punição dos culpados é um ato ético. imperativo que não, vamos renunciar”, disse o presidente da AMIA, Amos Linetzky.
“O tempo continua a passar e continuamos sem ver progressos na investigação do pior atentado terrorista sofrido no nosso país. Quando a justiça é lenta e ineficiente, a impunidade aumenta a cada dia que passa e é inadmissível conviver com ela”, afirmou o dirigente da instituição.
Neste dia também, a DAIA (Delegación de Asociaciones Israelitas Argentinas ) que é a organização guarda-chuva da comunidade judaica argentina , recordará as vítimas em um ato junto com dirigentes dos clubes de futebol profissional do país.
Este encontro decorrerá no âmbito de um programa promovido pela entidade que procura combater o discurso de ódio no campo do futebol.
