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BAI BAI, BIBI!

Existe em política uma expressão que todos nós conhecemos.

Oriunda do medo e do afã para conservar posições, em muitas oportunidades, o grande líder de um determinado momento, ao invés de estimular a autoestima dos liderados, atua sorrateiramente ou até mesmo de forma escancarada para solapar o crescimento de companheiros que imagina, num futuro, possam vir a lhe fazer frente.

Trata-se da célebre frase: Dividir para governar! Que também pode se somar ao ato de diminuir a importância dos parceiros para que não cresçam.

Naftali Bennett, o 13º Primeiro-ministro de Israel.
Crédito: Dovereconomy at Hebrew Wikipedia, domínio público, via Wikimedia Commons

Ora, aqueles que têm qualidade, que sabem o que querem, que possuem competência, carisma e apresentam boas soluções para problemas crônicos que não se resolvem, ainda que sejam diminuídos por quem se encontra no poder, encontram forças para darem a volta por cima e alcançar os objetivos que desenharam para as vidas que traçaram para si próprios!

Bibi esticou demais a corda.

O novo primeiro-ministro, o ministro das finanças, o ministro das relações externas e o ministro da defesa são casos equivalentes com as características acima.

Bibi era o grande ídolo destes jovens que hoje estão governando o Estado de Israel. Não soube prestigiá-los ou, quem sabe, preferiu diminuí-los por medo de perder a cadeira ou por mesquinhez. Foi apeado do poder.

O novo governo iniciado sob a liderança de Naftali Bennett e Yair Lapid que dividirão a posição de primeiro-ministro nos próximos 4 anos, traz a novidade da participação no governo, como ministro de um dos deputados árabes do Knesset, vinculado ao partido Ra’am. Trata-se de Abbas que apesar do nome não é parente do presidente da ANP.

O novo governo assume cercado de expectativas e há quem duvide veementemente da competência da turma para resolver os pepinos que irá encontrar pela frente, como:

  • Questão palestina
  • Finanças pós-Covid
  • Irã
  • Estado binacional
  • Investimentos sociais e de infraestrutura nas pequenas cidades árabes
  • Fronteiras seguras e reconhecidas
  • Relacionamento quente com Egito

    E tantas outras questões tais quais a fissura causada na sociedade do país entre árabes e judeus israelenses que se agrediram no tempo dos foguetes do Hamas, entre outras questões mais e menos cabeludas.

É muito cedo para tirarmos conclusões.

Por enquanto, desejamos sorte e sucesso ao novo governo, declarando que torcemos para dar certo.

Aguardemos as atuações dos artistas nos primeiros capítulos.

A Bennett, Lapid, Liberman, Abbas e a todos os outros, deixamos aqui, nossa torcida e nosso apoio.

A Bibi, apenas umas duas ou três frases: Descanse em paz! Tchau querido! Vá com Deus, só com passagem de ida, se confrontar com a justiça pelos malfeitos que te atribuem.

Ronaldo Gomlevsky

Ronaldo Gomlevsky

Ronaldo Gomlevsky é jornalista, advogado e empresário.