Canhões de raio laser em 2025 em Israel
O sistema de interceptação a raio laser “Iron Beam” (Feixe de Ferro) vai se tornar operacional em 2025
(OBS) É um fato que eu mesmo já redigi notícias com este título, por oito vezes, nos últimos dez anos e a operacionalização nunca aconteceu. Alguns dizem que o motivo é não existir. Mas existe. Em minha opinião o motivo é um pouco mais complexo. Pense no que era a informática em 2015 e o que é hoje. A pesquisa sobre este tipo de laser evoluiu demais e de forma muito rápida, não permitindo uma decisão POLÍTICA e não técnica de “ok, vamos parar aqui e produzir este modelo”. Em 2015 foi apresentado PARA VENDA com a potência de 1 Kw, (1.000 Watts). Hoje é anunciado para venda com potência de 100 Kw (100.000 Watts).
Nos EUA já foram concluídos os estudos para 1.500.000 Kw e já se definiu o projeto de engenharia que permite a produção de uma arma assim: o raio não é contínuo de 1,5 Mw, mas é dada uma rajada de 100 “picotes” de 1,5M w por segundo. E isso funciona e já foi realizado por cientistas e engenheiros da Lockeed Martin.
Em 2015, só Israel tinha a tecnologia e o desenvolvimento foi conjunto entre a Rafael israelense e a Boeing norteamericana, com grande aporte de capital. Depois houve uma dissociação amigável com a Boeing e em 2022 a Lockeed Martin assinou um contrato com a Rafael para produção em solo americano. Hoje além de Israel existem tecnologias que funcionam, já mostradas publicamente da Boeing, da Inglaterra, da Coreia do Sul, e não mostrada publicamente, da China. No caso coreano e chinês estão voltados a derrubar drones. No caso ocidental, todos estão voltado a derrubar mísseis de vários tamanhos e até mesmo projéteis de artilharia e morteiros, consequentemente os drones seriam alvos muito frágeis.
A diferença da notícia de hoje é que ela é especificamente oficial, publicada em várias mídias israelenses e pela primeira vez surge o termo “assinatura do contrato”. Portanto, foi tomada a decisão política da produção de um ou mais modelos atuais. Seria o Modelo 1, MK 1. Em minha opinião pessoal, as empresas israelenses além de terem o laser “grandão”, tem também os modelos menores, específicos contra drones, e até mesmo modelos pequenos que podem ser montados, em kit, em qualquer veículo militar. Eu espero que o contrato seja abrangente para estes três sistemas básicos. Esta questão carece de uma explicação maior que a simples notícia. Então, chega de opinião e vamos à notícia.
Segundo o Ministério da Defesa, o sistema de interceptação a laser de alta potência em desenvolvimento em Israel, conhecido como Iron Beam, deve começar a funcionar no próximo ano.
“A primeira fase do sistema de laser terrestre deve entrar em operação um ano após a assinatura deste contrato,” afirmou Eyal Zamir, diretor-geral do ministério, durante a assinatura de um acordo de NIS 2 bilhões (US$ 535 milhões) com as empresas Rafael e Elbit.
A parceria entre o ministério e os contratantes “incrementará consideravelmente” a velocidade de produção, “com o objetivo de entregar os sistemas de laser no prazo e em alta velocidade,” informou um comunicado.
O objetivo do Iron Beam não é substituir o Domo de Ferro ou outros sistemas de defesa aérea de Israel, mas sim complementá-los, eliminando projéteis menores e relegando os maiores para as baterias de mísseis mais robustas, como os sistemas David Sling e Arrow.
Segundo o Ministério da Defesa, enquanto existir uma fonte de energia constante para o laser, não existe o perigo dele ficar sem munição (obs: a fonte de energia é um simples gerador a diesel no caminhão com o canhão). Os oficiais vêem como um possível “ponto de inflexão” na batalha contra os ataques de projéteis de artilharia de todos os tipos.
O ministério declarou que o sistema é uma “arma eficiente, precisa e de fácil manuseio, que é consideravelmente mais econômica do que qualquer outra forma de defesa disponível” contra as ameaças que Israel enfrenta.
Desde o início da guerra em Gaza em 7 de outubro do ano passado, com a invasão e massacre perpetrado pelo Hamas, Israel já foi alvo de mais de 26.000 ataques com foguetes, mísseis e drones.
Os dados abrangem 13.200 mísseis lançados de Gaza, aproximadamente 5.000 somente no dia 7 de outubro, 12.400 provenientes do Líbano, 60 do Síria, 180 do Iêmen e 400 do Irã em seus dois ataques diretos contra Israel em 13 de abril e 1o de outubro.
Comentário final: e o secretário geral da ONU, aquela senhora comprometida da Comissão de Direitos Humanos da ONU e a esquerda mundial, acusam Israel de ser o agressor.
por José Roitberg – jornalista e pesquisador
Imagem: um canhão a laser montado na traseira de seu caminhão operacional, foto de divulgação da Rafael.