Conheça a história da rua da Judiaria em Lisboa
Rua da Judiaria no bairro da Alfama em Lisboa. A última que resta de quatro judiarias que existiram na cidade.Também chamada de Judiaria «Pequena» ou Judiaria de Alfama, que começou a se formar no século XIII com a afluência de gente vinda da Judiaria Velha, e até de estrangeiros, dando origem ao bairro judaico desta localidade.
A Rua da Judiaria de Alfama foi integrada como bairro segundo o modelo administrativo então aplicado às minorias étnicas, com representantes próprios junto das instâncias judiciais e, a obrigação dos moradores saírem da cidade cristã e recolherem à Judiaria ao toque das ave-marias. Neste local também foi construída uma sinagoga em 1373,
Com a extinção das Judiarias decretada por D. Manuel, esta, da Algama, também foi esvaziada em 1496, sendo o território integrado administrativamente nas então freguesias de S. Pedro e de S. Miguel. Mas ainda hoje pode-se encontrar no local sinais da antiga Judiaria, já que algumas das portas das casas ainda estão marcadas com a estrela de David.
A história do judaísmo em Portugal será contada pelo novo Musseu Judaico de Lisboa que está sendo criado e planejado.
Na última semana de março de 2021, foi assinado esta quarta-feira de manhã o protocolo que irá permitir a criação e instalação do Tikvá Museu Judaico de Lisboa. O Tikvá, palavra que significa “esperança”, pretende apresentar a história da comunidade judaica em Lisboa e Portugal com foco nos momentos de convivência com a restante população, nomeadamente entre os séculos XII e XV, que resultaram numa benéfica parceria e desenvolvimento em várias áreas.
O protocolo foi firmado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação Hagadá, uma associação de âmbito privado sem fins lucrativos fundada para criar, instalar e gerir o novo museu, que irá situar-se na zona de Pedrouços, em Belém, entre a Avenida da Índia e a Rua das Hortas, perto da Torre de Belém e da Fundação Champalimaud.
O projeto do Museu caberá ao conhecido arquiteto polonês Daniel Libeskind, conhecido como o arquiteto da memória e da esperança, foi responsável pelo projeto de outros museus judaicos, como o de Berlim, São Francisco e Copenhaguen, dos memoriais do Holocausto nos Países Baixos, Canadá e Estados Unidos da América e ainda pela reconversão do local do World Trade Center, em Nova Iorque.