Desgraça sísmica na Turquia e Síria, mas Israel pode sofrer também
O governo israelense ordenou hoje a revisão de todos os procedimentos em caso de um grande terremoto, que se houver custará a vida de milhares de cidadãos como nos dois países vizinhos.
O que aconteceu hoje, trata-se de uma catástrofe global e todos os países vão ajudar. Já está n a Turquia o primeiro contingente de 150 militares especializados em resgate em grandes calamidades, já empregados por Israel até memo no Brasil, no caso de Brumadinho. O grupo de compõe essencialmente por socorristas altamente treinados, os cães deles e médicos que levam um hospital de campanha completo. É muito provável que outro grupo vá para a Síria, apesar do estado de guerra permanente entre Síria e Israel.
Israel fica sobre a borda da Placa Africana. Um forte movimento ao norte pode acarretar em um forte movimento igualmente ao sul, mas no caso dos terremotos não existe certeza de que vai haver nem de que não vai haver. O último grande terremoto em Israel aconteceu no ano 1927. Os cientistas estimam que ocorra um a cada 80 anos. Já se passaram 96 anos portanto, o grande terremoto está atrasado em Israel como está igualmente atrasado o da Califórnia.
Israel tem um histórico de terremotos devastadores ao longo dos séculos. Safed/Tzfat foi destruída 3 vezes. Se vocês forem lá ou estiverem lá, podem ver nas construções e muros dois ou três tipos de cortes de pedras diferentes, alguns até marcados, indicando o que ficou de pé em cada terremoto.
Existem várias cidades romanas, herodianas e bizantinas no norte de Israel e algumas de onde se vê todas as colunas caídas na mesma direção e os arqueólogos afirmam terem sido completamente destruídas em terremotos.
O último de Safed é conhecido como O Grande Terremoto, em primeiro de janeiro de 1837, deixou 7.000 mortos na Galileia, numa época quando não existiam edifícios.
Na foto, Tzipori uma das cidades destruídas pelo terremoto do ano de 363 EC. foi calculado como grau 7. A cidade de Bet Shean (Scythopolis), uma das maiores cidades romanas da região foi seriamente atingida em 363 e completamente destruída em 18/jan/749, um 6.6 com epicentro no Golan. Na foto do post, as ruínas de Bet Shean, com algumas das colunas romanas recolocadas em seus locais pelos arqueólogos israelenses. Foto de Ricardo Tulio Gandelman em 2012, CC 2.0.
Segundo Flavius Josefus, o terremoto do ano 31 AEC, durante o reino de Herodes o Grande matou 10.000 pessoas. Uma escadaria em Qumran (onde foram encontrados os primeiros papiros do Mar Morto), guarda a rachadura inequívoca causada pelo cismo de 31 AEC. E existe o registro de muitos outros com nos anos de 1160CE, 1267, 1534, 1834 e 1906, todos alterando o curso do Rio Jordão.
Os terremotos mais devastadores em Jerusalém aconteceram em 15/jan/1546 (já parte do Império Otomano, com 6.7 na escala de Richter), quando o Domo da Igreja do Santo Sepulcro colapsou. Dezenas de prédios vieram abaixo, e a mesquita do Domo da Rocha sofreu danos graves.
A Mesquita de Al Aqsa foi seriamente danificada ou destruída em quatro ocasiões: 749, 1033, 1546 e 1927, ano em que grande número de casas desabou em Jerusalém, Ramle, Tiberíades, Jericó e Nablus. Pelo menos 500 pessoas morreram. Vários hotéis novos ruíram e a ponte Allemby, na fronteira com a Jordânia caiu sobre o rio Jordão interditando a passagem por quase um dia. É curiosíssimo o grande número de eventos sísmicos acontecidos na mesma data, primeiro de janeiro. A maioria dos terremotos históricos da região ocorreram nos dois primeiros meses do ano, no inverno.