Incoerências no ataque contra Cristina Kirchner
1) O criminoso se define como cristão.
2) o criminoso foi inicialmente apresentado como tendo um namorado, depois prendeu a namorada dele. Existem dois perfis no Face para “Brenda Uliarte”, ambos com características de perfil falso, tendo sido criados em 2016 e não contendo nenhuma postagem.
3) O criminoso pertence a grupo conunista-satanista argentino (publicado pela grande mídia, tendo como fonte os dados que constavam no face do criminoso).
4) As tatuagens do criminoso são nórdicas vikings e não nazistas.
5) Decidido a matar alguém, não alimentou a pistola de ação simples antes do ataque.
6) Analisei os diversos vídeos em full-hd no programa de edição de vídeo. A conclusão é muito simples. Este frame (que é imagem deste post) é o exato momento em que o cão bate no percussor e o disparo iria ser efetuado. Foi um acionamento de gatilho precipitado. O braço não está estendido e a arma ainda subia em direção ao rosto de Cristina. Sem sombra de dúvidas eu posso afirmar que o projétil passaria muito perto, mas erraria completamente. Na melhor das hipóteses seria um tiro de raspão no ombro. Quadro a quadro dá para ver (não nitidamente, mas seguramente), que a pistola estava engatilhada e determinar o momento do disparo que não houve. No áudio original dá para ouvir o cão atingindo o percussor e a parte de trás do ferrolho, ruído inconfundível. Na sequencia a arma sobe em direção ao rosto de Cristina e o movimento da arma de um lado para outro é típico da força aplicada ao gatilho sem haver disparo (gatilhada). Não é uma pistola de água e nada é lançado pelo cano nas imagens de alta resolução. Nas de baixa resolução parece que há o lançamento, mas deve ser um erro de conversão digital do arquivo, que se denomina “artifact” (introdução de erro pelo algoritmo de conversão e principalmente de diminuição do tamanho do arquivo – isso é absolutamente comum e frequente). Caso a arma estivesse alimentada, após o primeiro disparo precipitado, os outros quatro a atingiriam na face, com certeza. Ainda assim, é impossível determinar, pelas imagens, se se trata de um ataque verdadeiro ou encenado.
7) O vídeo da “pistola de água” que circula pelas mídias sociais é absolutamente fake, mas não mal intencionado, pois foi produzido a partir de imagens de baixa resolução.
8) Poucas horas depois do ataque todos os perfis do criminoso nas mídias sociais foram removidos e não há este fato anotado nas notícias e nem quem ordenou a remoção que foi cumprida imediatamente. No caso do Adélio foram mais de 15 dias antes da remoção. Isso impediu uma verificação independente sobre as comunidades ao que o criminoso pertence, aos seus posts, comentários, fotos e amigos. No caso do Adélio, tudo do perfil dele ainda existe em arquivos por aí.
9) O criminoso se recusou a falar à justiça e não fez qualquer manifesto político conhecido.
10) A polícia federal argentina resetou o telefone celular do criminoso apagando todos os dados. Nenhum perito pode alegar ter feito isto acidentalmente, pois exige confirmação. Isso impede verificar conexões, amigos e mensagens do criminoso e é algo que jamais aconteceu na crônica policial e não se pode descartar o “erro” ter sido absolutamente intencional.
11) Tanto na Argentina quanto no Brasil a esquerda política imediatamente apontou o dedo para os “fascistas” como autores, apesar de não existir absolutamente nada, até hoje, que ligue o criminoso a qualquer grupo nazista, supremacista branco etc. Se houvesse, teria sido especificamente explorado pelas autoridades argentinas. A tentativa de declarar que a tatuagem do “sol negro” era nazista, enquanto pode ser satanista, e de que a cruz de ferro viking, absolutamente decorada e trabalhada seria a cruz de ferro “nazista” é a mesma estratégia utilizada para criar ilações mentirosas e inexistentes entre o governo brasileiro e o fascismo. A cruz de ferro, aliás não foi criada pelos nazistas e é uma condecoração militar do reino da Prússia, criada em 1813, adotada pelo do império alemão em 1871 e mantida durante o regime nazista.
Opinião de José Roitberg – jornalista e pesquisador