Inquisição e Nazismo
-Ih!!! Lá vem esse cara, de novo com essa conversa!
Certamente, haverá quem vai torcer o nariz, ao ler este meu texto de hoje.
Pouco me importa que haja judeus e não judeus desejando virar as costas para a história. Tentando apagar as causas e os efeitos de mais de 2 mil anos de perseguições europeias contra os judeus.
Foram os próprios romanos, quando da destruição do Templo de Salomão e do massacre que realizaram contra os hebreus nos tempos das batalhas contra Bar Kochba, desde os anos 70 até 136 de nossa era comum, que carregaram para o Velho Continente, os judeus, sacados do país e do habitat de origem deles e largados ao Deus dará na Europa, acusados de matar Deus, de fazerem pão com sangue de crianças, de espalharem doenças, de envenenarem rios e lagos, tratados como ratos e baratas, nunca foram aceitos no novo espaço territorial e sempre, na quase totalidade do tempo, foram tratados como párias, indesejáveis, usurários, não humanos, nocivos e sujos.
As expulsões de Espanha e Portugal, no século XV e as conversões forçadas em Lisboa, do século XVI, se tornaram campo fértil para o surgimento da Inquisição. Tripudiar, humilhar, roubar e matar passaram a ser práticas constantes e comuns em todos os países onde a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja evangélica eram absolutamente dominantes na sociedade.
Os anos e os séculos se sucederam, guetos, expulsões, autos de fé, sentimento de desconfiança foram sendo construídos e potencializados.
Chegamos ao século XX, após a instalação do comunismo na Rússia e a derrota dos alemães na Primeira Guerra Mundial.
Estes dois fenômenos que mudaram a cara do mundo de então, acrescidos da sistêmica propaganda da Igreja, contra os judeus e do lançamento mentiroso da responsabilidade pela fome na Alemanha e pelo avanço do comunismo na Europa, mais uma vez colocavam os judeus na mira dos povos cristãos, para serem abatidos.
É neste momento que surge o nazismo, dimensionado por Adolfo Hitler, ele mesmo Católico Apostólico Romano, ainda que o leitor desconheça.
Com Hitler, se estabelece nas barbas do mundo dito civilizado, a mais cruel, sanguinária e perversa escravização seguida da matança de homens, mulheres e crianças, cujo único objetivo era roubar dos judeus e extirpar pelo assassinato coletivo, a vida judaica no planeta.
Chamo a atenção para os judeus engajados num tal de Diálogo Cristão-Judaico que nunca disse ao que veio.
A Igreja reconhece Jerusalém judaica? -Não.
A Igreja parou cem por cento de culpar judeus pela desgraça do mundo? -Não.
Os padres, na ponta das prédicas e dos sermões nas missas, pararam de declarar que o sangue de Jesus vai recair sobre a cabeça de todos os judeus e descendentes? -Não.
Estamos, então, diante de um “case” de propaganda antijudaica, funcionando há 2 milênios.
Vale lembrar que no ringue da propaganda só a propaganda contrária resolve a luta. Contra a propaganda mentirosa antijudaica só a propaganda pró-judaica muito bem feita resolve.
Anita Novinsky, a judia paulistana, pesquisadora e professora já havia identificado este fato e escreveu a respeito.
Sem ter lido o que ela pesquisou, cheguei com as viagens que realizei pelo mundo, às mesmas conclusões.
Fico me perguntando: onde, em que estágio, em que planeta, vive a liderança judaica mundial, que nunca atentou para o fato de que é obrigatório o investimento pesado em propaganda pró-judaica sadia, para reverter o quadro em que vivemos há tanto tempo?
Pense, você que está lendo minhas ideias, e, conclua.
Gostaria de te ouvir.
Mande teu posicionamento!
Ronaldo Gomlevsky